“Compreender a “Doutrina do Espírito Santo” é fundamental na vida daquele que teve um encontro real com Cristo. Até porque é...
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A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO – I
Parakletologia
(João
14.15-17; 16.5-16.)
Introdução:
Compreender a “Doutrina do Espírito
Santo” é fundamental na vida daquele que teve um encontro real com Cristo. Até
porque é o Espírito Santo quem toca no coração do pecador o convencendo do
pecado, da justiça e do juízo (Jo 16. 7,8). É através do Espírito Santo que a
graça de Cristo é ministrada, salvando vidas na Terra. Logo precisamos, como
Igreja de Deus, conhecer e viver os valores que Ele nos deixou revelados
através da grandeza do Seu Espírito. Que o Senhor, em Sua infinita graça,
conceda-nos a condição para conhecermos mais do Seu maravilhoso Espírito, nesse
tempo de estudos.
Definindo Parakletologia
Em João 14.16
encontramos Jesus dizendo aos discípulos: “E eu rogarei
ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre;”
Vemos, no original, que a palavra “outro” usada por Jesus é “allos”, e significa “outro do mesmo tipo” e para “consolador”, no original vemos a palavra “parakletos” (παρáκλητος)” e que tem como significado, “chamado para estar ao lado de alguém”.
Essa palavra era muito usada em tribunal para denotar o assistente legal,
defensor, advogado. Em um sentido mais amplo, temos então: “Aquele que se
coloca ao lado do outro, intercessor, advogado, ajudador, auxiliador,
consolador”. A Palavra Parakletologia deriva-se de “parakletos” e é definida
como a ciência que estuda o Espírito Santo em seu contexto bíblico geral,
Antigo e Novo Testamentos.
A PALAVRA ESPÍRITO NAS LÍNGUAS ORIGINAIS
No hebraico temos para espírito a palavra “rûah”, que significa: “respiração, ar,
força, vento, brisa, espírito, ânimo, humos, Espírito”.
No
Grego, temos para espírito a palavra “pneuma”, que traz em seu significado, “vento, respiração”. Tanto “rûah” como
“pneuma”, podem significar Espírito
Santo, espírito do homem, anjos e até mesmo aos demônios. Diante desse
contexto, é importantíssimo que se tenha cuidado ao avaliar os textos em que
essas palavras aparecem.
Exemplos de textos onde essas palavras aparecem e com
sentidos diferentes.
A DEIDADE DO ESPÍRITO SANTO
O Espírito Santo é Deus (At 5.3-4);
O Pai, o
Filho e o Espírito Santo são a mesma pessoa. As três pessoas da Trindade são
participantes da mesma essência divina do único Deus que governa e sustenta
todas as coisas.
O Espírito Santo possui atributos divinos;
-
Eternidade (Hb 9.14);
-
Imutabilidade (Ml 3.6; Hb 1.11);
-
Onisciência (Sl 139.2,3; I Rs 8. 39; Jr 16.17);
-
Onipotência (Lc 1.35; At 1.8; Rm 15.19);
-
Onipresença (Sl 139.7-10; Jr 23. 23,24).
O Espírito Santo realiza obras divinas;
-
Ele pairava por sobre a face das águas e foi participante da glória da criação
(Gn 1.2, 9, 10; Jó 26.13; Gn 2.7; II Pe 3.5; Sl 139. 15,16);
-
Ele criou e sustenta o homem (Jó 33.4; Dn 5.23; At. 17.28);
-
Ele ressuscitou a Cristo e também será o agente na ressurreição dos salvos em
todo o mundo (Rm 8.11);
-
Ele transforma o homem em nova criatura (Jo 3.3-8; Jo 16.17; Ef. 1.13,14);
O
ESPÍRITO SANTO COMO PESSOA
Ele possui e exerce atributos de uma pessoa;
Ele executa atividades pessoais;
Ele é suscetível ao trato pessoal;
NOMES DO ESPÍRITO SANTO
Espírito de Deus (I Co 3.16; I
Jo 4.2)
Biblicamente, Ele recebe o nome de Espírito de Deus,
porque Ele é o executivo da divindade, operando tanto na esfera física como na
moral. Através do Espírito Santo, Deus criou e preserva todo o universo. Por
intermédio Dele, Deus age na esfera espiritual, levando os pecadores à
conversão, santificando e sustentando os salvos. Ele é o Espírito de Deus e
também é Deus no sentido absoluto, pelos atributos divinos: “onipresença,
onipotência e onisciência (Hb 9.14; Sl 139.7-10; Lc 1.35; I Co 2.10,11); pelas
obras divinas que lhe são atribuídas: “criação, regeneração e ressurreição (Gn
1.2; Jó 33.4; Jo 3.5-8; Rm 8.11); e o vemos também classificado junto com o Pai
e o Filho (I Co 12. 4-6; II Co 13.13; Mt 28.19; Ap 1.4).
Espírito de Cristo (Rm 8.9)
Assim é chamado na Bíblia, porque
Ele é enviado em Nome de Cristo (Jo 14.26). Porque Ele é o Espírito enviado por
Cristo. É através Dele que os pecadores alcançam a graça salvadora de Cristo
(Ef. 1.13,14). Porque tem a missão de glorificar a Cristo (Jo 16.14).
É através do Espírito Santo
que se marca a real onipresença de Cristo no mundo e sua habitação nos crentes
(Mt 18.20). Há uma conexão profunda de Cristo e o Espírito na vida do crente
(Gl 2.20; Rm 8.9,10).
O Consolador (Jo 14.16)
Como mencionamos acima, para “consolador”, no original, vemos a palavra “parakletos” (παρáκλητος)” e que tem como significado, “chamado para estar ao lado de alguém”.
Essa palavra era muito usada em tribunal para denotar o assistente legal, defensor,
advogado. Em um sentido mais amplo, temos então, “Aquele que se coloca ao lado
do outro, intercessor, advogado, ajudador, auxiliador, consolador”. Esse é o
sentido pleno e bíblico do Espírito Santo ser chamado de “o consolador”.
Espírito Santo (Rm 1.4)
Ele é chamado de Santo, porque Sua
obra principal é a santificação. Aquele que creu em Cristo foi salvo e recebeu
o Dom do Espírito, que é o próprio Espírito Santo habitando na vida do crente e
transmitindo a Ele a vida divina. Esse é o maravilhoso processo da santificação
na vida do Crente (Ef. 5. 18).
Espírito da promessa (Ef. 1.13,14)
De forma linda e maravilhosa, a Bíblia nos releva que Ele
é o Espírito da promessa, porque Sua vinda cumpriu a determinação divina com o
advento do Pentecostes e para o Ministério de Cristo proclamado por Jl 2.28; Ez
39.29; Ez 36.27 e reafirmado por Jesus com a “Promessa do Pai” Lc 24.49; At
1.4. Ele também tem a função de selar e confirmar a promessa do Pai e do Filho
II Co 1.22. Temos Nele também, através da viva esperança da glória de Deus, o
selo para a vida eterna. Ele é a garantia daquele que creu em Cristo como
Salvador Pessoal Ef. 1.13,14; Ef. 4.30.
Conclusão:
Compreender a Doutrina do Espírito Santo é fundamental para
toda a Igreja. Ela, assim como as demais doutrinas bíblicas, são os alicerces
que fundamentam a nossa fé cristã. Na nossa próxima lição, estaremos dando
sequência a esse estudo tão necessário. Encerraremos com os nomes do Espírito
Santo, abordando o “Espírito da Verdade, da Graça, da vida e da Adoção” e
seguiremos em nossa trajetória dos estudos dessa doutrina extraordinária.
A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO –
II
Parakletologia
(João 14.15-17; 16.5-16.)
Introdução:
Nossa lição de hoje continua
avaliando os nomes do Espírito Santo. Estaremos abordando o “Espírito da
Verdade, da Graça, da Vida, de Adoção e de Glória.” Estaremos também aprendendo
sobre os símbolos do Espírito Santo. Que Deus nos faça compreender a Sua
Palavra e que a praticarmos como servos Dele na Terra.
Espírito da Verdade (Jo 14.17; 15.26; 16.13)
Ele é chamado de Espírito da Verdade e se manifesta como
tal, porque se apresenta como a expressão plena do que o Evangelho apresenta. É
o Espírito Santo quem testifica acerca de Cristo (Jo 14.6). É através Dele que
o coração do homem é tocado, quando ouve a Palavra de Deus. Ele ilumina a mente
dos homens, revelando a grandeza da graça de Cristo (Ef. 1.13,14).
Espírito da Graça (Hb 10.29; Zc 12.10)
É Ele quem concede a graça ao homem para que se
arrependa, quando toca-lhe o coração. Através do Espírito Santo, o mundo é
convencido do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16. 8-10) e, dessa forma,
através do arrependimento, aquele que creu em Cristo é alcançado por essa viva
graça (favor não merecido).
Espírito da Vida (Rm 8.2; Ap 11.11)
Como terceira pessoa da Trindade e pleno em atributos
divinos, Ele é chamado de Espírito da Vida, porque, como Deus, é participante
ativo da criação e preservação da vida natural e espiritual.
Espírito de Adoção (Rm 8.15,16)
Através da adoção, de forma voluntária e legal, uma criança
se torna filho do adotante. Entre os antigos hebreus, gregos e romanos, adotar
uma criança ou escravo, tornando-a participante legítimo de uma família, era
algo muito praticado.
Assim
também é no plano espiritual. Quando o pecador, convencido pelo Espírito,
arrepende-se e é salvo pela graça de Deus, aquele que creu recebe o nome de
Filho de Deus e passa a fazer parte da família divina, da Noiva de Cristo, que
é a Igreja. De forma graciosa e plena, essa pessoa, agora salva, recebe, dentro
de sua alma, a certeza e o conhecimento de que participa da natureza divina (Jo
1.12,13; I Jo 3.1).
Espírito de Glória (I Pe 4.14)
Na Bíblia, “Glória” também
traz o sentido de “caráter”. Aqui o sentido é a glória que se manifesta através
do agir do Espírito na vida daquele que creu para a Salvação, manifestando
nessa vida o caráter cristão. Essa é a realidade do Espírito Santo produzindo,
através do Seu maravilhoso agir, cristãos parecidos com Jesus na Terra.
SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO
A Palavra de Deus nos mostra alguns símbolos que são
empregados para descrever as operações do Espírito Santo.
v Fogo
(Is 4.4; Mt 3.11; Lc 3.16) - O fogo fala
de limpeza, purificação, aquecimento, luz...
v Vento
(Ez 37. 7-10; Jo 3.8; At 2.2) - O vento
fala da obra regeneradora do Espírito e indica a misteriosa obra independente,
penetrante, vivificante e purificadora, que é produzida pelo Espírito Santo.
v Água
(Ez 17.6; Ez 36. 25-27; 47.1; Jo 3.5;
4.14; 7.38,39) - O Espírito Santo é a fonte da Água Viva, Ele é um verdadeiro
rio de vida, lavando-nos de toda a impureza do pecado. Assim como a água é
elemento indispensável para a vida humana, também o Espírito Santo o é na vida
espiritual.
v Selo
(Ef. 1.13; II Tm 2.19) - Pensar na
figura do “selo” é ter em mente a ideia de possessão. O selo autentica que
alguém é dono do objeto selado. Assim também é na vida do servo de Deus. A
Palavra do Senhor nos afirma que, quando cremos, fomos “selados” com o Santo
Espírito da Promessa. Tornamo-nos, então, através do Sangue de Cristo, que foi
derramado na cruz do Calvário, propriedades exclusivas de Deus, com direito à
morada nos céus.
v Azeite
- Possivelmente, esse seja o símbolo mais
comum e conhecido do Espírito Santo. O azeite aponta para a “alegria” Sl 23.5;
Is 61.2; At 13.52. Fala também do “Consolo” At 9.31; Jo 14.16; Lc 10.34. Ele
também representa “alimento para as lâmpadas” Mt. 25. 1-10.
v Pomba
(Jo 1.32-33) - Algumas observações
acerca desse símbolo do Espírito Santo:
ü Movimento
- Em Gn 1.2, a Bíblia nos afirma que Ele
“se movia sobre as águas”. Em seu poder e graça, Ele atua sobre o mundo da
mesma forma, convencendo-o do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16. 8-10). Na
vida da Igreja, Ele atua com Seu Grandioso “poder” (At 1.8), levando-a ao
cumprimento pleno da Sua missão.
ü Vida
- É através do Espírito Santo que a
verdadeira vida é gerada no coração do pecador (Ef. 2.1); Ele é quem transmite
e simboliza a vida (Rm 8.2,11; II Co 3.6).
ü Simplicidade
- Jesus falou: “Sede prudentes como as
serpentes e simples como as pombas” (Mt 10.16). A pomba é uma ave que transmite
simplicidade. O Espírito Santo gera simplicidade na vida dos verdadeiros servos
de Deus.
ü Mansidão
- O Espírito Santo é manso e através do
seu agir, Ele gera mansidão, uma das manifestações do Fruto do Espírito na vida
do crente (Gl 5.22).
ü Pureza
- Assim como aquela pomba que voltou para
Noé, por não encontrar lugar entre os mortos do dilúvio, Gn 8.8-9, assim é o
Espírito Santo, Ele não habita onde há impureza.
ü Paz
- No Espírito Santo há quietude. Em nós
Ele produz a paz e tranquilidade do perdão dos pecados (Rm 5.1). O crente
recebe a paz dada pelo Espírito (Gl 5.22) e promove a paz aos corações
contritos (Lc 4. 18,19).
ü Sensibilidade
- A pomba é uma ave extremamente sensível.
Assim também é o Espírito na vida do cristão. Se a carne abundar na vida do
crente, o pecado será gerado, e o Espírito entristecido (Ef 4.30).
Conclusão:
Que bom que estarmos avançando na compreensão da Doutrina
do Espírito Santo. Continuemos firmes, porque ainda vamos abordar mais verdades
concernentes a essa Doutrina tão preciosa.
A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO –
III
Parakletologia
(João
14.15-17; 16.5-16.)
Introdução:
No estudo de hoje, estaremos
abordando a Ação do Espírito Santo no Antigo Testamento. Esperamos que essa
lição possa trazer novas informações e gerar crescimento espiritual na vida da
nossa Igreja. Deus nos conceda um estudo proveitoso nesse dia.
A AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO
No Antigo Testamento, vemos o
Espírito Santo sendo revelado de três formas: como Criador, como Espírito
dinâmico, proporcionando poder para o cumprimento da vontade de Deus e como
Espírito regenerador que transforma a natureza humana.
v Espírito
Criador - Vemos, de forma plena e
graciosa, o Espírito Santo participando de forma ativa na criação do universo
(Gn 1.2; Jó 26.13; Sl 33.6; 104.30). Através do Espírito Santo, o homem foi
criado e é sustentado (Gn 2.7; Jó 33.4). Todos os homens, quer sejam servos ou
não de Deus, são sustentados pelo poder criador do Espírito Santo (Dn 5.23; At
17.28). Na formação do homem, Deus disse ao Verbo e ao Espírito Santo: “Façamos
o homem” (Gn 1.26).
v Espírito
dinâmico que produz... - No
Antigo Testamento, vemos o Espírito Santo, com o Seu poder dinâmico, realizando
uma grande obra, fazendo cumprir o maravilhoso plano salvífico de Deus a todos
os homens.
1. Ele
produziu Obreiros para Deus;
Vemos o Espírito Santo chamando Josué (Nm 27. 8-21); Otoniel (Jz 3. 9-10); José
(Gn 41. 38-40); Bezaleel (Ex. 35. 30-31); Moisés (Nm 11. 16,
17); Gideão (Jz 6. 34); Jefte (Jz 11. 29); Sansão (Jz 13. 24-25); Saul (I Sm
10.6).
2.
Ele produziu profetas que foram
locutores usados por Deus;
Os
profetas de Deus, na história de Israel, foram locutores que transmitiram as
mensagens proféticas de Deus à nação. Eles tinham a convicção de que eram
apenas instrumentos nas mãos de Deus. Eram portadores da mensagem que vinha de
Deus através do Seu Espírito e que eram, então, ministradas ao povo (II Pe
1.21).
v
Espírito regenerador - Ao observamos a ação do Espírito Santo, no Antigo
testamento, como regenerador, o vemos não como presença não acentuada. Seu
derramamento é mencionado, principalmente, como uma bênção futura em
consonância com a vinda de Cristo e com características distintas.
v Poder
que opera, mas não acentuado - Vemos
a sua ação transformadora na natureza humana, no Antigo Testamento, contudo,
não de forma acentuada como o vemos no Novo Testamento, sendo apresentado de
forma clara como “O Espírito Santo”, como aquele que santifica. No Antigo
Testamento, vemos as “operações dinâmicas do Espírito”, enquanto que no Novo
Testamento a ênfase está sobre o seu Poder Santificador.
Referências do agir do Espírito no Antigo Testamento (Is.
63. 10, 11; Ne 9.20; Sl 143.10; Sl 51.11)
v A
concessão do Espírito, representando uma bênção futura - O derramamento geral do Espírito Santo, como gestor pleno
da santificação na vida daquele que creu, é mencionado como acontecimento
futuro (Ez 36. 25-29; Jr. 31.34; Nm 11.29; Joel 2.32).
v Em
consonância com a vinda do Messias - Esse
derramamento pleno do Espírito Santo teria como ponto culminante a pessoa de
Cristo. João falou: “Eu, em verdade, vos batizo com água, para o
arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas
alparcas não sou digno de levar; Ele vos batizará com o Espírito Santo, e com
fogo.” Podemos afirmar que Jesus é o doador do Espírito Santo. Através de
Cristo, os planos de Deus seriam cumpridos, e o Corpo de Cristo, a Igreja,
seria instaurado na Terra. Esse marco deu-se com a vinda do Espírito Santo (o
outro Consolador), no advento do Pentecostes (At 2.1...). O milagre da
concessão do Espírito está associado com a partida de Cristo (Jo 16.7) e sua
glorificação (Jo 7.39), o que implica sua morte (Jo 12.23,24; 13.31,33; Lc
24.49). O Apostolo Paulo, de forma clara, menciona essa conexão: (Gl 3.13, 14;
4.4-6 e Ef 1.3, 7.13, 14).
v
Apresentando características especiais -
Compreendendo a expressão: “porque o
Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado”
(Jo 7. 39). Quando João diz que ainda não fora dado, ele está se referindo a
aspectos especiais da obra do Espírito Santo que não eram conhecidos nas
dispensações anteriores. Uma vez que o outro Consolador já veio, quais são as
características distintas da obra do Espírito Santo na presente dispensação?
ü Temos
o Espírito do Cristo crucificado e glorificado (Jo 6. 62; Jo 16.7; 20.17);
ü No
Antigo Testamento, o Espírito Santo não era dado universalmente, mas de modo
geral, limitado, somente a Israel. E era dado segundo a soberana vontade de
Deus a certas pessoas tais como profetas, sacerdotes, reis e outros obreiros
que Deus usava para o cumprimento dos Seus propósitos. Após a ascensão de
Cristo, o Espírito Santo veio e está à disposição de todos os que creem, sem
distinção de idade, sexo ou raça.
Conclusão:
Que o Senhor nos dê mais da Sua
graça e favor. Que Ele nos ilumine através da Sua maravilhosa Palavra e que
sejamos, à luz do alimentar constante das Suas verdades, vidas que sejam
apresentadas como obreiros aprovados, que não têm de que se envergonhar e que
manejem bem essa graciosa e maravilhosa Palavra. Em especial, que continuemos
crescendo no conhecimento da doutrina do Espírito Santo.
A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO – IV
Parakletologia
(João 14.15-17; 16.5-16.)
O ESPÍRITO SANTO EM CRISTO
Introdução:
Vemos, no Novo Testamento, a
dispensação do Espírito sendo introduzida com o cumprimento da promessa do
derramamento do Espírito sobre toda a carne (Joel 2.28). Essa preciosa promessa
aconteceria nos dias do Messias, o qual seria ungido com o Espírito Santo.
Vemos nos títulos “Espírito de Cristo” e “Espírito de Jesus Cristo” uma
indicação da relação profunda entre Cristo e o Espírito Santo, na qual os
discípulos não tiveram participação. A ligação profunda de Cristo com o
Espírito Santo, em seu ministério terreno, deu-se do início ao fim.
v No
Nascimento - Ele é visto como o agente no
milagre da concepção de Jesus (Mt 1.20; Lc 1.35). A relação de Cristo com o
Espírito é vista desde o primeiro momento da sua existência humana. Esse
gracioso ato divino instaurou verdades profundas: Jesus Cristo foi cem por
cento homem e cem por cento Deus; o poder do pecado foi destruído pela passagem
de Cristo no mundo; o último Adão foi feito em espírito vivificante (I Co
15.45); o segundo homem é do céu (I Co 15.47); Sua vida era de cima (Jo 8.23).
v O
Batismo - Aquele que fora sido
concebido pelo Espírito, com o passar dos anos, teve uma nova relação com o
Espírito divino. Da mesma forma como o Espírito desceu sobre Maria na
concepção, no batismo, o Espírito desceu sobre o Filho, ungindo-O como Profeta,
Sacerdote e Rei. Através da primeira operação, houve a santificação da
humanidade de Cristo; a segunda consagrou sua vida oficial.
v No
Ministério; - Em Marcos 1.12, lemos que
Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto afim de ser tentado por Satanás.
Jesus foi vitorioso na tentação. Cristo exerceu o seu Ministério certeza plena
de que o Poder divino habitava Nele. Cristo sabia que era instrumento para o
cumprimento do ministério predito acerca do Messias. (Lc 4.18)
v
Na Crucificação - Da mesma forma como conduziu Cristo ao deserto, dando-lhe o
sustento para vencer a tentação, o Espírito Santo deu a Jesus força para
consumar o seu ministério sobre a cruz (Hb 9.14).
v Na
Ressurreição - Na ressurreição de Cristo,
vemos o Espírito Santo como o agente vivificante (Rm 1.4; 8.11).
v Na
Ascensão - Cristo foi assunto aos céus.
Após esse evento, o Espírito Santo se tornou o Espírito de Cristo, no sentido
de ser concedido a outros. O Espírito Santo veio habitar em Cristo, cumprindo o
seu Ministério, de forma plena, e também para que Ele o derramasse sobre todos
os crentes (Jo 1.33). Após a sua ascensão, Cristo passou a exercer a Sua grande
prerrogativa messiânica: enviar o Espírito Santo sobre outros (At. 2.33; Ap
5.6). Somos coparticipantes dessa grande bênção, que foi recebida e
experimentada pelo próprio Cristo.
A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NA VIDA DO CRENTE
Com a conversão e o recebimento do Espírito Santo, o
cristão passa a ser templo do Dele (1 Co 3.16). O corpo do cristão é a Casa de
Deus. Ele passa a habitar, através do Seu Espírito, na vida daquele que se
converteu a Cristo.
O Espírito Santo age de forma especial na vida do cristão:
v Ele
consola o cristão
(Jo. 14.16,17) - Para se consolar é preciso estar ao lado de alguém. O Espírito
Santo nos conforta, nos alivia, nos dá a certeza da vitória. Ele é o nosso
consolador.
v Ele
guia o cristão em toda a verdade
(Jo.16.13) - O homem sem Deus não sabe para onde está indo. Vive perdido neste
mundo, em meio às mentiras do inimigo. O cristão sabe em quem ele tem crido.
Ele creu em Jesus, que é o autor e consumador da nossa fé. O servo de Deus tem
a certeza da presença do Espírito Santo em sua vida (Ef 1.13,14). Esse
maravilhoso Espírito guia Seus servos a toda a verdade. Que maravilha! O
cristão sabe para onde está indo. Sabe também que não está na mentira, no
engano. Ele está com Jesus! Ele tem o Espírito Santo de Deus em sua vida.
v
Ele nos ensina todas as coisas e nos faz
lembrar o que o Senhor nos ensinou
(Jo.14.26) - O cristão tem um professor por excelência! Ele tem o Espírito
Santo de Deus que lhe ensina todas as coisas. A vida do servo de Deus é de constante
aprendizado. Aprendemos na Palavra e no viver. Aprendemos sempre e, o melhor,
aprendemos com a presença viva do Espírito Santo de Deus em nossas vidas. Deus
quer o melhor para os Seus filhos. Ele quer que cresçamos na graça e no
conhecimento do nosso Senhor Jesus Cristo. O Espírito Santo nos ensina e nos
faz também lembrar daquilo que Ele nos ensinou.
v Ele
capacita o crente com o poder para testemunhar de Cristo (At 1.8) - O cristão está capacitado com o poder dado pelo
Espírito Santo para testemunhar de Jesus aos perdidos. Esse poder nos dá
coragem de, mesmo diante das dificuldades, não negarmos o nome do Senhor Jesus,
mas sim proclamarmos o nome Dele aos perdidos, mesmo em situações difíceis, nas
quais a perseguição aos cristãos é grande. Precisamos aproveitar a liberdade
que temos em nosso país de falar de Jesus e anunciar o Seu Evangelho aos
perdidos. Lembremos que o Espírito Santo já nos capacitou.
v Ele
intercede a Deus pelos crentes nas orações (Rm 8.26) - Muitas vezes o cristão passa por momentos que,
humanamente, sente-se impossibilitado de falar com Deus. Ele deseja, ele
precisa falar com o Senhor, mas não consegue, em razão das dificuldades que
está vivendo. Amados, a Bíblia nos afirma que o Espírito Santo intercede a Deus
por nós nas orações. O que entendemos é que Ele nos ajuda, levando as nossas
orações até o Senhor nosso Deus, com gemidos inexprimíveis, para que sejamos
respondidos pelo Senhor.
v Ele
santifica a vida dos crentes (Hb
12.14, Ef. 5.18) - O Espírito Santo opera a santificação na vida dos servos de
Deus. O texto de Efésios 5.18 nos afirma: “E não vos
embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito...” Que maravilha, irmãos! À medida que o servo de Deus afasta de sua
vida o “vinho”, que representa os desejos da carne, as vontades do homem,
naturalmente, esse servo de Deus é cheio pelo Espírito Santo. A santificação é
operada e maravilhas acontecem nesta vida.
v Ele
nos dá a certeza de que somos filhos de Deus (Rm 8, 16) - O servo de Deus tem agora a alegria de saber
que o Espírito Santo que habita nele também testifica ao seu próprio espírito,
trazendo a certeza de que realmente ele é um filho de Deus. É maravilhoso poder
descansar nas promessas de Deus.
v Ele
nos dá a certeza da Salvação
(Ef. 1.13,14) - Muitas pessoas afirmam para os cristãos: “Como você pode dizer
que está salvo?” Na verdade, não é o cristão quem afirma dele mesmo que está
salvo, mas sim a Palavra de Deus. Os versículos citados acima nos mostram essa
grande verdade. O Espírito Santo é concedido ao homem no ato da conversão, logo
o próprio Espírito se torna o selo, ou seja, a garantia da salvação na vida
daquele que aceitou a Jesus como seu único Senhor e Salvador.
v Ele
concede os dons espirituais aos crentes (1 Co 12. 4 – 7) - A igreja é o Corpo do Senhor Jesus.
Individualmente, cada cristão é um membro da igreja do Senhor (Rm 12.5). Como
organismo vivo de Deus, ela cumpre a sua missão através da participação de cada
membro. Para o bom funcionamento e cumprimento do propósito da igreja, o
Espírito Santo concede dons espirituais aos crentes, visando o bom desempenho
da obra de Deus.
v Ele
manifesta o fruto do Espírito na vida do crente (Gl. 5.22,23) - O fruto do Espírito Santo na vida do servo
de Deus é a manifestação de atitudes de bênçãos que foram vividas por Jesus,
enquanto esteve entre os homens na Terra. Uma vez tendo aceitado a Jesus como
Senhor e Salvador, o novo crente produzirá o fruto do Espírito, que é
manifestado pelo próprio Espírito Santo na vida do cristão. As atitudes são em
número de nove e são vivenciadas nos relacionamentos. São nove atitudes que
representam o fruto do Espírito.
Pr.
Waldyr do Carmo
BIBLIOGRAFIA
Bíblia
Sagrada
FRANKLIN,
Wilson. A Ação do Espírito Santo nas igrejas, Rio de Janeiro. Juerp.2000
Discipulado
Novos Convertidos CPAD
Doutrinas
Bíblicas Jonas Celestino.
MYER,
Pearlman – Conhecendo as Doutrinas da Bíblia – Editora Vida
A
Doutrina do Espírito Santo -
http://www.recantodasletras.com.br/mensagens/144196
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