IX – Evangelismo pessoal O evangelismo pessoal é aquele que se faz de pessoa a pessoa. Nele o evangelista pode estar pert...
IX – Evangelismo pessoal
O evangelismo pessoal é aquele que se faz de pessoa a pessoa. Nele o evangelista pode estar perto do evangelizando, olhando para a sua face, para os seus olhos, notando as suas reações, as suas emoções. É também através do evangelismo pessoal que o evangelista tem a oportunidade de pôr diante do evangelizando a sua vida cristã como a luz do mundo e o sal da terra. Temos em Jesus o nosso maior exemplo em evangelismo em geral e principalmente no evangelismo pessoal.
· Uma dracma entre 10 (Lc 15. 8-10);
· Uma ovelha entre 100 (Lc 15. 4-7);
· Um filho dentre 2 (Lc 15. 11-32);
· E apenas um pecador que provoca alegria no céu (Lc 15.10).
Grandes ensinos de Jesus foram ministrados a apenas uma pessoa:
· O primeiro mandamento, a um escriba (Mc 12. 28.33);
· Sobre os verdadeiros adoradores, à mulher samaritana (Jo. 4);
· A quem muito se perdoa, muito ama, à pecadora (Lc 7. 36-50);
· O novo nascimento, a Nicodemos (Jo 3);
· E Jesus inaugurou o plano da salvação levando um malfeitor para o paraíso – o ladrão da cruz (Lc 23. 39-43).
(Fonte: Evangelismo pessoal J.E. Davis, Manual de Evangelismo)
ü Jesus como modelo de evangelista pessoal
- A mulher samaritana (Jo 4);
- O mancebo de qualidade (Mc 10. 17-31);
- Nicodemos (Jo 3);
- Zaqueu (Lc 19.1-10).
· Jesus demonstrava compaixão pelo pecador
Percebe-se, de forma clara, Jesus se compadecendo dos pecadores. Ele não fazia acepção, mas tratava a todos de forma igual e com compaixão. Como exemplo, temos alguns momentos que foram vividos por Jesus: o endemoninhado gadareno (Mc 5), o jovem rico (Mc 10. 17-23) e em Mateus 9.36 Jesus teve compaixão da multidão.
· Jesus não tinha preconceitos
Ao trazerem a Ele a mulher que fora apanhada em adultério, nós o vemos agindo com amor e compreensão. Jesus não olhou para os pecados da mulher, mas para uma vida preciosa que precisava de uma oportunidade de salvação. Ele veio para os que estão doentes. Infelizmente há muito preconceito entre os crentes. Isso é marcado pelo afastamento que acontece, na maioria das vezes, quando há encontros com prostitutas, viciados, homossexuais e outros. Deus rejeita o pecado, mas ama o pecador. Essa deve ser a atitude da Igreja.
· Jesus ia ao encontro das pessoas
O que acontece, normalmente, conosco é que esperamos o pecador entrar em nossas igrejas para ter um encontro com Jesus. Cristo não esperava o pecador vir até Ele. Em sua tarefa da evangelização, Ele ia ao pecador! Ele procurava as pessoas em seu próprio contexto de vida e ali levava a mensagem da salvação. Foi assim com a mulher samaritana (Jo 4), com Zaqueu (Lc 10, Levi (Mc 2) e outros.
· Jesus sabia como iniciar uma conversa evangelística
Um aspecto importante acerca do evangelismo e que Jesus nos ensina é começarmos onde a pessoa está. Era dessa forma que Ele evangelizava.
- No encontro com Nicodemos Ele partiu de sua própria pergunta e o conduziu a um dos mais profundos assuntos da vida eterna (Jo 3).
- Com aqueles que tentavam prejudicá-lo com perguntas capciosas, como foi o caso do tributo, Jesus começou exatamente por uma moeda (Mt. 22. 15-33).
- No episódio com Zaqueu, fez questão de ir à sua casa para evangelizá-lo (Lc 19. 1-10).
Aquele que se propõe a evangelizar precisa aprender com Jesus a começar uma conversa evangelística onde as pessoas estão.
· Jesus era incisivo na sua conversa
Jesus não usava meias palavras. Ele proclamava a verdade com simplicidade, mas com firmeza. Foi assim com Nicodemos quando falou: “Se alguém não nascer de novo não poder ver o Reino de Deus” (Jo. 3.3) e com a mulher samaritana, ao responder à pergunta polêmica sobre o lugar de adoração, quando falou: “... nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai” (Jo. 4.21).
Em momentos decisivos em trabalhos evangelísticos, o evangelista precisa ser incisivo e convidar as pessoas a aceitarem a Cristo como Salvador. O apelo pode ser a última oportunidade para uma alma se render a Cristo.
· Jesus sentia a urgência da salvação
Jesus falou: “Importa que façamos as obras d’Aquele que me enviou, enquanto é dia; vem a noite, quando ninguém pode trabalhar” (Jo 9.4). Para Cristo o seu tempo era contado, razão pela qual Ele se empenhava para alcançar a todos. Vemos isto de forma clara através de seu trabalho em treinar os discípulos e enviá-los por todas as aldeias. Isso é marcado também no momento que antecedeu a sua subida aos céus, através de sua ordem dada aos discípulos para que fossem por todo o mundo e pregassem o evangelho a toda a criatura (Mc 16.15,16).
Como servos de Deus precisamos também sentir essa urgência. É necessário que se levantem vidas consagradas ao Senhor e com os corações inflamados pelo desejo de evangelizar, estejam se colocando na brecha para livrarem vidas de irem para o inferno. Esse é o nosso chamado, essa é a nossa missão!
ü Felipe, um evangelista em ação no novo testamento
Era diácono (At. 6.1-7), contudo se tornou um evangelista também. Ele pregou às multidões (At. 8.5-6), mas também foi um evangelista pessoal (At. 8. 26-40). Nesse caso vivido por Felipe ao evangelizar o Etíope (Eunuco), através da forma como Ele foi orientado pelo Espírito e o seu procedimento, veremos como elaborar a chamada técnica de abordagem no evangelismo pessoal.
A técnica de abordagem no evangelismo pessoal
É preciso que se tenha sabedoria ao abordar as pessoas. Cada ser humano nesse mundo é um universo complexo, com suas questões culturais, suas crenças, seus conceitos, suas filosofias de vida, seus melindres e, acima de tudo, com sua personalidade própria, que não é igual à de ninguém. Da maneira como são abordadas, suas reações podem ser positivas ou negativas ao evangelho. Diante dessa realidade, é necessário ao evangelista, antes de qualquer coisa, depender plenamente do Espírito Santo e buscar conhecer profundamente a natureza humana.
· Inicie através de uma motivação natural;
· Inicie onde a pessoa está;
· Mantenha-se por alguns momentos na conversa que foi iniciada;
· Não seja exagerado no interesse pela pessoa;
· Faça a transição o mais natural possível;
· Se há interesse na pessoa pelo assunto da salvação, passe para a fase definitiva;
· Através de uma observação da condição cultural da pessoa, aplicar um dos esquemas já conhecidos de exposições do Plano da Salvação;
· Ao expor o plano de salvação, deve-se partir do ponto que a pessoa ainda não conhece, pois é possível que a pessoa já tenha profunda convicção de pecado e até já conheça o evangelho. O evangelista precisa ter sensibilidade e flexibilidade para saber onde começar com cada pessoa.
· Ao abordar o problema do pecado, ao invés de iniciar com as citações bíblicas acerca do pecado, comece abordando o lado da experiência humana com o pecado. Isso, porque, em geral, as pessoas não gostam da palavra “pecado”. O evangelista pode mudar o rótulo e falar apenas no veneno. À medida que a conversa for fluindo, naturalmente as citações bíblicas e a palavra pecado fluirão naturalmente, no processo do evangelismo.
· O plano da mão, muito apropriado para crianças e pessoas mais humildes, é prático e positivo:
- Deus ama você (dedo polegar) - Jo. 3.16
- Você é pecador (dedo indicador) - Rm 3.23
- Cristo morreu por nós (dedo médio) - Rm 5.8
- Você deve receber a Jesus como seu Salvador (dedo anular) - Jo. 1.12, Rm 10.9
- Você se tornará uma nova criatura (dedo mínimo) - II Co 5.17
· Se houver condições, poderá usar a Bíblia permitindo que a pessoa acompanhe a leitura. Caso não haja essa possibilidade, use textos da memória.
· Não perca o foco do assunto do evangelismo. Se a pessoa fizer perguntas do tipo controvérsias doutrinárias das seitas, com sabedoria, fale que em momento oportuno você responderá e volte para a exposição do plano da salvação.
· Dentro do possível, tente aplicar ilustrações de acordo com o nível cultural da pessoa. Uma boa ilustração elucida as verdades da Palavra de Deus e contribui para uma boa compreensão da mesma. Jesus usava dessa estratégia.
· Uma vez tendo exposto o plano da salvação, verifique se a pessoa entendeu, faça um breve resumo de tudo, objetivando deixar claro o assunto para a pessoa.
· Busque, diante dos questionamentos que possam surgir, reafirmar as verdades que foram apresentadas.
· Conduza a pessoa a tomar a decisão de Crer (confiar em Jesus). Nesse momento ela irá passar toda a sua vida para as mãos de Cristo. Caso ela queira aceitar a Jesus, através desse ato, ela irá confessar a Ele como único Senhor e Salvador de sua vida, crendo que Ele morreu e ressuscitou por nós, pagando, assim, toda a dívida do nosso pecado. Como evangelista, você deverá conduzi-la nesse momento, orientando-a a orar, repetindo as suas palavras. Essa será a oração da decisão. Esse momento deve ser conduzido de maneira natural e de forma firme e com amor.
· Após esse momento de bênçãos, ore com ela agradecendo a Deus a decisão que foi tomada.
· Preencha a ficha de decisão para acompanhá-la no processo da integração.
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BIBLIOGRAFIA
Baseado no livro - Evangelismo Total de Damy Ferreira – Editora JUERP
Chegamos ao final da sexta parte parte do curso. Louvamos ao Senhor por suas misericórdias e graça. Em breve postaremos a sétima parte.
Que Deus o abençoe rica e abundantemente,
Em Cristo Jesus,
Pr. Waldyr do Carmo
Igreja Casa de Oração Cehab
http://casadeoracaocehab.com.br
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