Aula 01 FAZENDO A MINHA PARTE “Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros un...
Aula 01
FAZENDO A
MINHA PARTE
“Assim nós, que somos muitos, somos um
só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.” (Rm
12.5)
Introdução:
Como andam os relacionamentos na vida da nossa
Igreja? O texto acima nos afirma que somos um só corpo em Cristo e
individualmente membros uns dos outros. O conceito bíblico é que vivamos
desenvolvendo bons relacionamentos. É através da comunhão e mutualidade cristã
que a Igreja será vista de forma saudável na Terra.
Antes de entrarmos, especificamente,
no mandamento “uns aos outros”, precisamos pensar nas definições de “comunhão”
e “mutualidade cristã”.
O
conceito bíblico de comunhão
A palavra grega para comunhão é
“koinonia”, palavra que significa parceiro, companheiro ou participante. Podemos
traduzir também a palavra comunhão por “união comum”. A Igreja foi chamada para
viver a prática da comunhão.
A
mutualidade cristã
Apesar dessa palavra não ser
mencionada na Bíblia, vemos, de forma clara, a prática da mutualidade dentre
outros, na vida da Igreja primitiva (Atos 2. 42-46). Esse é um termo da Língua
Portuguesa que usamos para descrever o dever que cada cristão tem para com o
outro e, em especial, no contexto da família de Deus. O texto de Romanos 12.5
mostra, de forma clara, a expressão “mutualidade cristã”.
Essa expressão indica a reciprocidade que deve haver
entre os servos de Deus, no que diz respeito ao cuidado cristão. A ideia é a da
vida cristã em comum, onde um apoia e ajuda o outro mutuamente, promovendo a
saúde na vida da Igreja local.
AMAI-VOS
UNS AOS OUTROS
Horas antes de Jesus ser preso,
julgado e crucificado, Ele deu aos discípulos um importante mandamento: “O meu mandamento é este: que vos ameis uns
aos outros, assim como eu vos amei” (João 15.12).
Há outros textos que falam desse
mandamento, de forma mais ampla: Rm 12. 9,10; 13. 8-10; Gl 5.14; I Ts 3.12; 4.
9-10; Tg 2.8; I Pe 1.22; 3.8; I Jo 3.11,23; 4.7, 11-12, 21; II Jo 1.5-6.
Observações importantes desse mandamento
Amar é uma ordem
Jesus
diz: “O meu mandamento...” Mandamento aqui tem o peso de uma lei. É uma ordem
divina (Lv. 19.18). Vemos, dessa forma, que amar não é uma opção ou sentimento,
mas um dever de todo aquele que é nascido de Deus. Se, como cristãos, não estamos
amando, então, estamos pecando por ação e omissão (Tg 4.17).
Amar
é uma ordem para todos
A ordem
para amar é dada por Cristo a todos. Normalmente, queremos ser amados,
respeitados, considerados e nos colocamos numa posição de cobrança frente ao
outro. Contudo, de forma clara, Cristo nos afirma que devemos amar uns aos
outros. Todo o Corpo de Cristo é convocado para a prática verdadeiro amor
cristão (Rm 12.10).
Amar como Deus nos amou
“Assim como eu vos amei”. Temos aí um modelo, um
padrão do amor que precisa ser vivenciado. Jesus é o nosso referencial. Ele nos
amou com o amor “ágape”, amor divino e sobrenatural. A Palavra de Deus nos
mostra que, em obediência e submissão ao Senhor, podemos amar como Cristo nos
amou (Rm 5.5; I Jo 4.10).
Amar é o registro de identidade do Cristão
A Palavra de Deus nos mostra em João 4. 7-8
que Ele é amor. Logo todo aquele que é nascido de Deus pratica o amor. O
registro de identidade do servo de Deus é o amor (I Jo 2. 7-11).
ACOLHEI-VOS
UNS AOS OUTROS (Rm 15.7)
Acolher
significa aceitar o outro como ele é. Quando aceitamos ao outro, não o julgamos
em assuntos que não são considerados pecado (Rm 14. 1-3). O acolhimento mútuo
nos faz suportar as debilidades dos mais fracos (Rm 14. 20-21; 15.1). A Igreja
que se acolhe mutuamente não faz acepção de pessoas (Rm 12.16; Tg 2.1).
SAUDAI-VOS UNS AOS OUTROS (Rm 16. 1-16)
Na carta de Paulo aos Romanos no
capítulo 16, nós o vemos saudando vinte e seis pessoas com alguma palavra de
apreço e carinho. Ao final das saudações, no versículo 16, Paulo encerra com o
mandamento: “Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo.
Todas as igrejas de Cristo vos saúdam” (Rm 16.16).
Vemos também a mesma recomendação
nos escritos de Paulo e Pedro: I Co 16.20; II Co 13.12; I Ts 5.26; I Pe 5.14.
Não vemos nos referidos textos
Paulo e Pedro se preocupando com o tipo de saudação (beijo, aperto de mão, “paz
do Senhor”), mas que a saudação fosse “santa”. A saudação deveria ser uma
expressão santificada do verdadeiro amor cristão. Isso requer que, quando nos
saudemos, estejamos atestando a verdade de que somos um em Cristo. Somos a
família de Deus na Terra.
CUIDAI-VOS
UNS DOS OUTROS (I Co 12. 24-25)
O
texto nos mostra cuidado mútuo que deve haver na vida da igreja. Paulo faz uma
comparação da Igreja com o corpo humano. Ele mostra a graciosidade do
cooperativismo, que é visto nos membros do corpo, quando maravilhosamente se
ajudam mutuamente e, dentro desse contexto, ele nos revela que, como membros do
corpo de Cristo, precisamos cuidar uns dos outros.
A Igreja precisa entender
que o cuidado mútuo gera crescimento, amadurecimento.... Esse é o estilo de
vida que revela a prática do verdadeiro amor.
Conclusão:
A
pergunta que não quer calar é: “Estou fazendo a minha parte?” Se em cada
cristãos da nossa igreja houver a compreensão bíblica de que precisamos viver a
prática do amor, se nos acolhermos, se nos saudarmos e cuidarmos uns dos
outros, uma revolução divina será instaurada na vida da nossa igreja local.
Deixaremos de ser uma igreja fria, apática, nos lançaremos numa maravilhosa
aventura com Deus e seremos vistos como Igreja de Cristo que faz a diferença na
Terra.
Aula 02
RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS
“No qual todo
o edifício é ajustado e cresce para tornar-se um santuário santo no Senhor.
Nele vocês também estão sendo edificados juntos, para se tornarem morada de
Deus por seu Espírito.” (Ef 2. 21,22)
Introdução
O texto base para nossa lição de
hoje nos afirma que a Igreja é comparada a um edifício que é ajustado e que
cresce para se tornar um santuário no Senhor.
O texto também nos afirma que em Cristo
somos edificados juntos,
para que sejamos morada de Deus por seu Espírito.
Estamos edificados em Cristo
juntos. Essa expressão revela-nos a verdade dos relacionamentos que precisam
ser saudáveis na vida da igreja.
Talvez devêssemos nos perguntar:
“Como andam os relacionamentos na vida da nossa igreja? Temos desenvolvido
relacionamentos saudáveis? Estamos crescendo, de fato, sendo edificados em
Cristo? Na lição de hoje, estaremos observando que para desenvolvermos
relacionamentos saudáveis na vida da igreja, precisamos praticar o “uns aos
outros”.
Para desenvolvermos relacionamentos saudáveis na igreja...
I –
Precisamos sujeitarmo-nos uns aos outros;
Sujeitem-se ou submetam-se uns
aos outros, é um mandamento divino para todos os cristãos. Não há exceções.
Todos que professamos a Cristo como Senhor de nossas vidas, precisamos nos
sujeitar uns aos outros (I Pe 5.5; Hb 13.17; Tt 2.9; Ef 6.5; Rm 13.1; I Pe 2.13).
A prática da sujeição na igreja
nos faz submissos à autoridade dos irmãos, atendendo em amor aos desejos,
instruções e pedidos deles. O ato de nos sujeitarmos ou nos submetermos em
Cristo aos irmãos é espontâneo e manifestado através do Espírito, na vida do
cristão.
II – Precisamos suportar uns
aos outros
Muitas vezes nos
perguntamos: “Por que temos que aguentar e conviver com pessoas tão difíceis na
igreja?” Aprendemos, através da Palavra, que as pessoas são convertidas através
do Espírito, mas continuam imperfeitas. Isso, porque somos humanos e trazemos
em nós a natureza adâmica (pecaminosa). Aquele que creu é livre da pena do
pecado original, mas enquanto humano, enfrenta as batalhas da carne e nisso
pode estar suscetível aos complexos, históricos familiares que foram difíceis,
baixa autoestima e outros fatores que farão dessa pessoa alguém difícil de
conviver. Por essas razões, a Bíblia nos ensina a suportar ou sofrer com
resignação (Ef 4. 1-3 e Cl 3. 12-14).
Suportar, então, é
aguentar e tolerar, de forma amável, os irmãos que, com atitudes e palavras
desagradáveis ou ofensivas, sempre estão minando a paz e o bom convívio da
igreja. Suportar é um ato de amor! Suportar é praticar sempre que necessário o
perdão.
III
– Não podemos ter inveja uns dos outros
“Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando
uns aos outros, tendo inveja uns dos outros” (Gl 5.26). As relações humanas
estão repletas de inveja. Não deveria ser dessa forma, mas, infelizmente, essa
realidade está presente até mesmo no seio da igreja.
A definição mais simples e
objetiva para “inveja” segundo Aurélio é "desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de outrem - desejo violento
de possuir o bem alheio - objeto de inveja." A inveja é pecado. É uma “obra da carne” (Gl 5. 19-24). O
crente que se deixa dominar pela inveja está tendo em si um traço do caráter de
uma pessoa que não conheceu a Cristo (Rm 1.29; Tt 3.3; I Pe 2.2).
Aspectos importantes que precisam ser observados pela
igreja, no tocante ao mandamento de não termos inveja uns dos outros.
¨ O descontentamento e a ingratidão fazem parte da
vida do cristão invejoso;
¨ O crente invejoso comete o os pecados de orgulho e
vaidade;
¨ O crente invejoso, vê o outro como competidor. Ele
manifesta sempre atitudes de competição no seio da igreja;
· O crente que é dominado pela inveja, abre em sua
vida brechas para ser usado por Satanás;
¨ Há, no contexto da vida do cristão invejoso, um
processo de autodestruição e, consequentemente, a destruição dos outros também.
O
caminho para a libertação da inveja é viver o texto de Mateus 22. 37-39. Ao
amar a Deus com todas as forças, alma e entendimento, o domínio de Cristo será
real nessa vida. O amor verdadeiro, que é Cristo, não é invejoso. Logo a inveja
irá desaparecer dessa vida, dando lugar à prática do amor cristão (I Co 13.4).
IV –
Não podemos nos morder e devorar uns aos outros
“Toda
a Lei se resume num só mandamento: “Ame o seu próximo como a si mesmo”. Mas, se
vocês se mordem e se devoram uns aos outros, cuidado para não se destruírem
mutuamente” (Gl 5.14-15).
A
ideia texto é a de uma convivência conflituosa. “Morder e devorar” é o processo
de uma disputa que é instaurada na igreja, onde os crentes se atacam
mutuamente, usando de hostilidades, críticas e palavras que primam por denegrir
a imagem do outro, a fim de se obter vantagens ao atacante. É a igreja vendo
que, quando os membros se atacam mutuamente, são comparados a animais
irracionais, pois são eles que se mordem e devoram. Tais atitudes não condizem
com a vida do ser humano e muito menos com aqueles que professam ser Igreja de
Cristo na Terra.
Conclusão
À
luz do que pudemos estudar hoje, não há dúvida de que, como Igreja, podemos
desenvolver relacionamentos saudáveis. Sim, a Igreja de Cristo foi chamada para
ser a expressão do querer e caráter de Cristo na terra. Portanto, se sujeitarmo-nos uns aos outros, suportarmo-nos uns aos outros; se não
tivermos inveja uns dos outros e vivermos uma vida prática de mansidão, o milagre dos bons e saudáveis relacionamentos serão reais
na vida da nossa igreja. Que o Senhor nos abençoe e cumpra em nós o Seu querer.
Aula 03
CONTROLANDO A
LÍNGUA
“Assim também a língua é um pequeno membro, e
gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo
incendeia.” (Tg 3.5)
Introdução
Uma das grandes bênçãos que Deus
deu ao homem, sem dúvida, foi a capacidade de se comunicar através da fala.
Basta você olhar para uma pessoa muda e verá que Deus nos presenteou com um dom
maravilhoso, o da comunicação. Contudo muitos estão usando a língua, não como
bênção, mas sim como maldição. Tiago traz um alerta muito grande aos crentes, a
fim de que estejam avaliando a forma como estão usando a língua, e assim se
empenhem em fazer dela um canal de bênçãos na família cristã e também diante de
uma sociedade que precisa nos ver como luz e não trevas.
I – Não vos queixeis uns dos
outros
Ao lermos Tiago 5.9, encontramos
uma ordem: “Irmãos: não vos queixeis uns dos
outros, para não serdes julgados. Eis que o juiz está às portas.” A queixa e a
murmuração são a mesma coisa. Aprendemos, na Palavra de Deus, que a murmuração
nunca agradou ao Senhor (Nm 16.41...).
O crente que vive se queixando, murmurando contra os
irmãos, comete pecado contra o outro e contra Deus. O queixume, no meio da
igreja, além de ser pecado, cria feridas nos corações dos cristãos, e o
resultado será o de uma igreja enferma, que não frutifica. Em nome de Jesus,
que clamemos pelo perdão do Senhor e abandonemos a murmuração. Esse é o caminho
para a vitória da Igreja.
II – Não falem mal uns aos
outros
Aquele que fala mal do irmão, na
verdade, está fazendo um julgamento acerca do outro. E quando julgamos, estamos
tomando o lugar do juiz (Tg 4.11,12). A ordem bíblica é para pararmos de julgar
os outros.
Tiago nos mostra que tanto o
falar mal como o julgar o irmão, são transgressões do princípio básico. Somente
Deus é o legislador e o juiz do seu povo. Aquele que fala mal e julga, está se
colocando no lugar do Justo Juiz que é Deus. Quando falamos mal do irmão, nós o
tornamos desacreditado, desonrado, menosprezado ou desprezado, quanto ao
caráter ou às ações (III João 1. 9-10).
Implicações
do Mandamento “não falar mal dos outros”
¨ Quando falo mal de alguém, estou
dizendo, sem palavras, que sou melhor que ele. Fica claro que já quebrei o
mandamento de não julgar o irmão.
¨ Quando falo mal do irmão,
desprezo a Deus que criou esse irmão, conforme a sua imagem e semelhança e o
resgatou através do Sangue de Cristo, perdoando-lhe os pecados (Tg 3.9; Rm 8.
28-29).
¨ Ainda que um irmão esteja errando
e sendo encontrado em pecado, como membro do Corpo de Cristo, minha atitude não
pode ser a de falar mal do irmão, mas sim de ensiná-lo à luz da Palavra e
conduzindo-o ao caminho do arrependimento e cura.
III – Não mintais uns aos
outros
Leiamos
Colossenses 3. 9-10 e Efésios 4. 25
Mentir
e contar ao outro, como verdadeiro, aquilo que sabemos que é falso. Mentimos
também quando fazemos qualquer distorção da verdade. Aquele que mente,
apresenta uma falsa imagem de si mesmo ou de contextos, com o objetivo de
enganar (I Jo 2.4; At 5. 1-9; Rm 16. 17,18).
A Bíblia nos afirma em João 8.44
que o Diabo é o Pai da Mentira. Logo entendemos que o cristão que mente está
trabalhando para o Diabo. Isso é muito sério, pois tal atitude dominando a vida
do crente, revela trevas e não luz. Precisamos falar a verdade e andar na
verdade que é Cristo (Jo 8.32).
IV –
Não julgueis uns aos outros
Em
Romanos 14.13 lemos: “Não nos julguemos mais uns aos outros”.
Algumas implicações que são vistas na vida daqueles que
cometem o pecado do julgamento
¨ Aquele que julga o faz através da soberba que é
gerada em seu coração por se sentir superior ou melhor que o outro (III João
9.10);
¨ Aquele que julga está indevidamente tomando o lugar
de Deus o Justo Juíz (Tiago 4.12);
¨ Aquele que julga está se esquecendo que é humano e
como tal sujeito a falhas e contextos muitas vezes piores do que tais que estão
sendo objeto do seu julgamento (Mateus 7.1-5).
Conclusão
No texto de Tiago capítulo 3, ele faz algumas
perguntas que nos levam a profundas reflexões e direções no contexto do uso da
nossa língua. Ele diz: “De uma mesma boca procede bênção e
maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. Porventura deita
alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa? Meus irmãos, pode
também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos? Assim tampouco pode
uma fonte dar água salgada e doce” (Tg 3. 10-12).
À luz desta Palavra tão profunda e corretiva, que
sejamos encontrados quebrantados e arrependidos no altar do Senhor. Que nossa
língua possa produzir bênção e não maldição. Que nossas palavras, ações e
atitudes possam refletir o caráter de Cristo por onde andarmos.
Aula 04
UMA IGREJA SARADA
“Tendo cuidado de que ninguém se prive da
graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por
ela muitos se contaminem.” (Hb 12.15)
Introdução
Como anda a saúde da nossa igreja
local? Podemos afirmar que somos uma igreja sarada? O texto em foco nos alerta
para termos cuidado em nossos relacionamentos, para que não sejamos privados da
graça de Deus e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, seja perturbação no
seio da igreja contaminando a muitos.
Como igreja, podemos ser
encontrados saudáveis diante do Pai. Este é o querer de Deus: usar membros
saudáveis na proclamação do nome de Cristo aos perdidos.
No
contexto de uma igreja sarada...
I –
Os crentes não provocam uns aos outros (Gl 5. 25-26)
Quando, na vida da Igreja, há a
provocação, o contexto gerado é o de uma disputa, onde, no ato da provocação, o
que se percebe é a crítica pejorativa, difamação, acusações, que visam rebaixar
quem está sendo provocado e elevar a situação do desafiador (II Co 10.12,
13-16; I Co 3. 3-4; Ne 6. 1-14, 19). A provocação tem como alvo expor falhas do
irmão com o objetivo de envergonhá-lo. Essa atitude não agrada a Deus e é
pecado.
Implicações vistas no contexto
da provocação no seio da igreja
¨ Para cada crente Deus tem preparado pelo menos um
dom para ser usado na edificação do Corpo de Cristo. Se há vidas, no contexto
da igreja, primando pela provocação, isso releva descontentamento desse irmão
para com o querer do Espírito em sua vida. Com certeza, uma vez se entregando
de forma plena ao controle do Espírito, não haverá espaço para provocações, e
sim para o amor e a edificação do Corpo de Cristo.
¨ Aquele que vive provocando o irmão, na verdade, está
revelando dar mais valor a si próprio do que ao Senhor Jesus, que nos ensina o
amor ao próximo e a unidade na vida da Igreja (Jo 13.35; 17.20-21).
¨ Se observamos os ensinamentos que são trazidos no
livro de Gálatas, veremos, claramente, que a provocação no seio da igreja
revela o domínio da carne e não o fruto do Espírito.
II –
Os crentes confessam seus pecados uns aos outros (Tg 5.16)
De forma clara e objetiva, Tiago nos
afirma: “Portanto confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos
outros para serem curados” (Tg 5.16).
Quando
confessamos os pecados uns aos outros, isso revela, de forma linda e
maravilhosa, que o domínio de Cristo é real em nós. Revela o quando queremos
mudança em nossa vida e o quanto desejamos a reconciliação com o irmão que foi
prejudicado. A confissão mútua de pecado na igreja é valiosa para gerar cura e
restabelecer relacionamentos quebrados. A Igreja cresce e se fortalece.
III – Os crentes se perdoam
uns aos outros (Ef 4. 31-32)
A
atitude de perdoar é manifestada sem impedimentos, na vida daquele que
reconhece que estava perdido e foi alcançado pela graça de Cristo. Éramos
inimigos de Deus, em razão do pecado e formos reconciliados com Ele através da
morte e ressurreição de Cristo.
“Quanto mais eu medito
nesse perdão e o valorizo, mais aprendo a oferecer perdão àqueles que me tenham
prejudicado” (Revista Segredos da Comunhão Cristã – Vol. 35, Pág. 25).
Quando
tomamos a atitude de perdoar àquele que nos ofendeu, tal atitude revela que saí
da cadeira do juiz, que até então eu me encontrava, julgando e condenando o
ofensor e, dessa forma, terei compaixão dessa pessoa, abrindo mão de todo o desejo
de vingança. Isso é perdoar!
O
Ato de perdoar é agir segundo o coração de Cristo, que é o maior exemplo de
perdão.
Conclusão
A Igreja de Cristo não foi chamada para viver
ferida e sem vida. Ela é o Corpo de Cristo na Terra, e nós somos membros desse
Corpo. Portanto entendemos que, para o cumprimento dos maravilhosos propósitos
de Deus, precisamos ser encontrados sarados diante do Pai. Para vivermos essa
grande maravilha, não podemos nos provocar, precisamos confessar os pecados uns
aos outros e nos perdoar mutuamente. Esse é sem dúvida o caminho da vitória!
Pr. Waldyr do Carmo
Igreja Casa de Oração
Cehab
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