A DOUTRINA DA SALVAÇÃO Aula 01 O GRANDE MILAGRE DA SALVAÇÃO Introdução: Antes de entrarmos, propr...
A DOUTRINA DA SALVAÇÃO
Aula 01
O GRANDE MILAGRE DA SALVAÇÃO
Introdução:
Antes de entrarmos, propriamente, nos
profundos aspectos que envolvem a Doutrina da Salvação, buscaremos entender um
pouco da definição de Soteriologia e mesmo que com limitações, procuraremos
responder aos questionamentos comuns acerca da Doutrina da Salvação. Que esse
módulo de estudos seja uma grande bênção de Deus em nossas vidas.
Definindo Soteriologia
Soteriologia é uma palavra que deriva-se
da junção de duas palavras gregas: “Soteria” (Salvação) + “logia”
que significa “estudo, tratado, discurso”. Afirmamos, então, que Soteriologia
se define como, o “estudo da Salvação”.
A origem da Salvação?
A Bíblia nos afirma que todos pecaram e destituídos estão
da Glória de Deus. (Rm 3.23). Com a entrada do pecado no mundo através dos
nossos primeiros pais (Adão e Eva), Gn. 3 o homem perdeu a comunhão com Deus e
foi sentenciado à morte Eterna. Contudo, de forma maravilhosa, Deus em seu
infinito amor preparou um plano de resgate para o homem perdido (Gn 3.15). A
promessa da Salvação foi instaurada no Éden e se cumpriu de forma plena em
Cristo Jesus, através de sua encarnação, (Jo 1.14) morte (crucificação) (Lc 23)
e ressurreição (Lc 24). Através
de Cristo Jesus, a dívida do pecado de todos os homens foi quitada e pela Graça
os que creem são justificados por Cristo e reconciliados com Deus. (Cl 2.
13-15; Rm 5.1)
Os passos para a salvação
1. Reconhecimento do pecado; (Rm 3.23)
A Bíblia
nos afirma que todos pecaram. Não há ninguém que não tenha pecado. Esse pecado
teve início com os nossos primeiros pais Adão e Eva, lá no jardim do Éden (Gn
3). Quando eles pecaram, esse pecado passou para todos os homens, porque todos
os homens são descendentes de Adão e Eva.
2.
Reconhecimento das consequências do pecado; (Rm 6.23)
A palavra
salário quer dizer “pagamento”. Por causa do pecado o pagamento que os homens
passaram a receber foi a realidade de ter que passar pela morte, sendo
manifestada em dois aspectos:
a) Morte física: todos nós passaremos por ela
um dia.
b) Morte espiritual: Além da morte física,
toda pessoa que morre sem aceitar a Jesus como Salvador, enfrenta também a
morte espiritual que é a separação de Deus na eternidade.
Você já
imaginou uma pessoa ter de passar toda a eternidade longe de Deus, nas trevas
do inferno? Com certeza o sofrimento dos que morrem sem Jesus é grande!
3. Reconhecimento de que Deus me ama; (Jo 3.16)
Deus odeia
o pecado, mas ama o pecador. E o amor Dele por nós foi tão grande que o levou a
dar o melhor que Ele tinha em favor de nossas vidas. Ele nos deu o Seu Único
Filho, Jesus Cristo, para nos salvar.
4. Aceitar a Cristo como único Senhor e Salvador; (Rm 10.9)
Após
ter tomado conhecimento dessas verdades, é necessário confessar a Jesus os
pecados e reconhecer que só Ele tem Poder para salvar o homem perdido. Esse é o
momento precioso que se instaura as fases da Salvação:
Þ Arrependimento (II Co 7.10)
Þ Fé (Rm 10.17),
Þ Conversão (metanoia), regeneração ou novo nascimento
(grego paliggenesia que significa novo nascimento ou nascer de novo (Jo 3.3-8;
Jo 5.24),
Þ Justificação - do grego dikaioo “tornar justo” temos
também o dikaiósis que é o ato da graça divina pelo qual Deus declara justo
aquele que aceitou a Cristo como Salvador (Rm 5.1; Rm 8.1; Cl 2.14;
Þ Adoção - Esse é o ato da graça de Deus que abraça como
filhos aqueles que aceitaram a Cristo, dando-lhes os direitos e privilégios de
Jesus (Cl 1.13; Jo 1.12,13)
Salvação em três tempos
Uma vez
baseados na Palavra de Deus que nos revela a doutrina da salvação sendo
estendida até a perfeição final na Glória (Ef. 1.13,14), podemos então olhar
para a Salvação em três aspectos reais que são: O passado, o presente e o futuro.
1. A
Salvação e o passado;
Ao
crer e confiar plenamente sua vida a Cristo, o crente foi salvo de toda a sua
culpa e penas do pecado. (At. 4.12; II Co 5.17; Rm 8.1; Jo 5.24). Considero
esse o momento mais importante na vida de uma pessoa, pois ao crer em Jesus,
aquele que creu é completamente salvo de toda a condenação; nunca jamais
entrará em juízo. Toda a dívida do pecado é quitada no ato da conversão e pela
graça de Cristo, Deus impetra a justificação na vida daquele que creu.
2. A Salvação e o presente;
No presente aquele que creu está sendo salvo do poder e do
domínio do pecado. (Jo 17.17; Rm 6. 1-14; I Jo 2.1; I Jo 1.9; I Jo 1.7)
Apesar de
nunca ser livre como homens da presença do pecado, a Bíblia nos afirma que o
crente não vive na prática do pecado. (I Jo 5.18). Isto, porque pelo poder do
Espírito Santo, ele pode dominar sua velha natureza pecaminosa. Uma vez crendo
essa batalha (Carne x Espírito) é instaurada e é contínua, mas, na dependência
plena de Cristo, sob o domínio do Espírito, a carne será vencida e a vitória
instaurada na vida daquele que é de Cristo.
3. A Salvação e o futuro;
Aquele que
creu em Cristo, vive na esperança da Glória de Cristo! O crente vive na certeza
de sua vida eterna com Deus! (Ef. 1.13,14; I Ts 4. 13-18; Rm 13.11; I Co 15.52;
I Pe 1. 3-5; I Jo 3. 1-2)
É
maravilhoso viver na certeza do cumprimento das promessas de Deus. Pela Fé
cremos. Pela Fé vivemos e esperamos a volta do Senhor Jesus. Maranata! Ora vem
Senhor Jesus.
Conclusão:
De forma
linda e maravilhosa hoje pudemos aprender sobre o grande milagre da Salvação.
Deus nos Salvou de forma graciosa! Não devemos nada ao passado. Somos guardados
e salvos no presente e aguardamos com alegrias a volta do nosso Amado Jesus
para estarmos para celebrarmos e adorarmos para sempre ao nosso Deus Trino de
eternidade a eternidade. Amém.
BIBLIOGRAFIA
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http://pastorrenildo.blogspot.com.br/2008/12/os-trs-tempos-da-salvao.html
http://www.iprb.org.br/artigos/textos/art151_199/art151.htm
Aula 02
UM ALTO PREÇO FOI PAGO
“Verdadeiramente ele tomou sobre si
as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos
por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas
transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz
a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” (Is 53. 4,5)
Introdução
“Sei que foi pago um alto preço. Para que
contigo eu fosse um meu irmão! Quando Jesus derramou Sua vida, Ele pensava em
Ti, Ele pensava em mim, pensava em nós.”
Esse hino
que cantamos fala do alto preço que Cristo teve de pagar para que nós fôssemos
livres da pena do pecado. Na lição de hoje estaremos compreendendo as
implicações do que Cristo teve de passar, dando Sua vida para o resgate de
muitos.
O preço da doação
Com a
entrada do pecado no mundo, uma dívida impagável do homem para com Deus foi
instaurada. (Gn 3.15). O pecado fez dos homens inimigos de Deus. Com ele a
morte foi gerada! (Rm 6.23); portanto, para que o homem fosse livre da pena do
pecado, um alto preço teria de ser pago. Então Deus amou. Ele amou homens pecadores
e perdidos. Vidas que estavam mortas em seus delitos e pecados. Ele amou homens
de todas as eras e tempos e esse amor o levou a dar o melhor que tinha em
resgate dos perdidos (Jo 3.16). Ele enviou a Jesus, seu único filho para salvar
os perdidos.
O preço da renúncia
Em
Filipenses 2. 6,7 vemos que Cristo: “...sendo em forma de Deus, não teve
por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de
servo, fazendo-se semelhante aos homens: (Fl 2.6,7) Cristo abre mão,
Ele renuncia dos seus direitos divinos na Glória, para nos prover a sua
maravilhosa graça.
Como Rei
eterno e soberano na glória, Jesus renunciou as riquezas, pois nasceu numa
manjedoura. Em seu ministério ele não tinha onde reclinar a cabeça (Lc 9.58).
Ele também revelando sua pobreza, pediu emprestados uma casa para celebrar a
última ceia na páscoa, (Mc 14. 13-15 um barquinho para pregar a Palavra, (Lc
5.3) um animal para cavalgar (Lc 19.30-32). Cristo também renunciou a Sua
própria glória. Quando ora ao Pai Ele diz: “... glorifica-me tu, ó Pai, junto
de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse
(Jo 17:5)”. Jesus renuncia abrindo mão da Sua autoridade. Em Filipenses 2.7
lemos: “Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se
semelhante aos homens;” Como
servo, Cristo abriu mão da sua própria vontade para fazer plenamente a vontade
do Pai (Jo 5.30). Como homem, Jesus abriu mão da sua realeza, para estar
servindo a todos (Mt. 20.28). A Graça sendo ministrada aos homens, foi muito
cara para Cristo. Ela custou também a entrega voluntária do Senhor Jesus. Mesmo
sendo tentado a abandonar o plano de Salvação, (Mc 15.30; Mt 27.40) Cristo se
manteve firme e voluntariamente se deu em resgate do homem perdido.
O preço de ser o segundo
Adão
A Bíblia
nos mostra que o primeiro Adão falhou lá no Éden. (Gn 3), Mas o segundo Adão
não falhou (I Co 15.45). Em Gênesis 3.15, a promessa da vinda de Cristo para
derrotar Satanás e todo o reino das trevas foi instaurada. “E porei
inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te
ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” Da semente da mulher nasceria um (o último
Adão - Jesus) que esmagaria a cabeça da serpente. Ser o segundo Adão, trouxe a
Cristo o alto preço de vencer todas as lutas, tentações, pecados, conflitos...
Jesus passou por tudo como homem e não pecou. (Hb 4. 15,16). Através de Adão no
Edén o pecado entrou na humanidade. O último Adão do Getsêmani é o “Cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). Ele venceu como homem e se tornou a
Vitória na vida daqueles que creem.
O preço da dor emocional
A dor
emocional da traição de Judas, que vendeu o nosso amado Senhor Jesus por trinta
moedas de prata e num ato de extrema frieza o beijou no Getsêmani para que os
soldados o levassem preso.
Dor
emocional profunda quando em oração antevendo o horror da cruz, Ele ora dizendo
“Pai se possível passa de mim esse cálice...” (Lc 22.42) e numa agonia
profunda, de extremo pavor ele tem o seu suor sendo convertido em grandes gotas
de sangue.
Dor
profunda por ver Pedro negando-o três vezes, de ver a multidão que foi
alimentada, curada e pastoreada gritando: “Crucifica-o, crucifica-o” .... Jesus
pagou um alto preço de uma profunda dor emocional por mim e por você.
O preço da dor física
Jesus
enfrentou também a dor física, que ficou marcada pelos açoites que recebeu, a
cana que quebraram em sua cabeça, a coroa de espinhos, a cruz pesada que
carregou machucando seus ombros, os cravos que penetraram suas mãos e pés, a
lança que furou o seu lado fazendo sair sangue e água. A dor física a qual
Jesus enfrentou ultrapassa a condição humana, mas Ele enfrentou tudo por amor a
todos os homens.
O preço da dor moral
Ele
vivenciou também a profunda dor moral e espiritual, quando teve todos os pecados
de todos os homens, de todas as eras e tempos, sendo depositados sobre seus
ombros. Jesus se fez literalmente pecado por nós (Is 53.6)! A dor moral e
espiritual por que Jesus passou foi tão grande que Ele gritou: “Deus meu, Deus
meu, porque me desamparaste?” - Mc 15.34. Ali, naquele momento, a Justiça de
Deus está sendo ministrada de forma plena no julgamento do próprio filho. Deus,
que é Santo e Justo, virou as costas para o Filho, para que Ele fosse julgado
em nosso lugar! Essa, com certeza, foi a pior dor que Cristo enfrentou. Ele se
fez pecado no meu e seu lugar.
Conclusão:
De forma
simples e objetiva pudemos apresentar à luz das Sagradas Escrituras, alguns
aspectos marcantes acerca do alto preço que Cristo pagou, para nos trazer a
salvação. Entretanto, sabemos que à luz de uma análise profunda, encontraremos
muito mais informações que tratam dos valores da Salvação de Cristo a todos os
homens.
BIBLIOGRAFIA
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http://www.pcamaral.com.br/2012/01/fomos-comprados-por-um-altissimo-preco.html
Aula 03
A SALVAÇÃO E A JUSTIFICAÇÃO
Introdução:
No estudo de hoje, nosso foco abordará a justificação que
é ministrada de Deus na vida daquele que crê em Cristo.
Justificação é uma palavra que também vem do termo
judicial e que significa absolver, declarar justo ou pronunciar sentença de
aceitação.
Estávamos perdidos e sob o domínio do pecado, fadados a
condenação eterna. Vivíamos dominados pela injustiça, mas através de Cristo
Jesus, por meio de sua maravilhosa Graça, Deus nos tornou justos para a vida
eterna nos céus. Deus nos abençoe no estudo da Sua Palavra.
O
termo
A palavra justificação é vista no Antigo Testamento de
duas formas diferentes do mesmo termo hebraico. (hidsdik e tsiddek ). Sem
nenhuma margem de dúvidas, na linguagem hebraica no Antigo Testamento, ambas
expressam a justificação. Eles trazem-nos a ideia de que Deus, em sua qualidade
de juiz, declara o homem justo. Encontramos também no novo testamento o termo
dikaio-o, com o mesmo significado. A palavra "justificar", também é
termo judicial que significa absolver, declarar justo, ou pronunciar sentença
de aceitação. Justificação, é um ato de Deus, em que Ele declara o pecador
regenerado; não somente livre da condenação, mas também restaurado à graça
divina. Rm 3.28. a mesma é realizada quando o homem crê em Jesus Cristo como
Salvador.
Deus
é quem declara
Através das justificação, Deus declara posicionalmente
justa a pessoa que a Ele se chega através da Pessoa de Cristo. Através do mesmo
é cancelada a dívida do pecado na "conta" do pecador, e o lançamento
da justiça de Cristo em seu lugar.
É importante também nos atentarmos para o fato de que
este ato de declarar o homem justificado se difere do ato de Deus regenerando o
homem. Na regeneração, Deus efetua uma mudança radical no homem, mas, na
justificação, Ele declara, apenas, que não pode mais condená-lo e o restaura à
sua graça.
Deus não faz o homem justo por declará-lo justificado.
Uma das maiores glórias do evangelho é esta doutrina, que Deus, o justíssimo
entre todos, pode justificar o injusto sem praticar injustiça. (Rm. 3.25,26 )
O
fundamento da justificação
Um pergunta muito interessante com relação a
justificação, seria: Como pode Deus tratar o pecador como pessoa justa? Na
verdade é Deus quem provê esta justiça. Esta justiça é provida de Deus, através de Seu Filho Jesus
Cristo, que ganhou o título a favor do pecador, o qual é declarado justo " mediante a redenção
que há em Cristo Jesus". Que é a
completa libertação por preço pago. Jesus Cristo ganhou essa justiça a favor do
homem, através de sua morte expiatória na Cruz. (Is. 53.5,11; II Cor. 5.21; Rm.
4.6; 5.18,19).
Como
alcançar a justificação
Através da lei o homem não pode ser justificado. Diante
de tal realidade a esperança do homem está num recebimento sem a lei. Contudo,
o homem dele próprio é incapaz de operar tal justiça. (Ef. 2.8-10).
Vemos então que é Deus quem concede esta justiça ao
homem. Ela é também um Dom de Deus. Vemos então neste contexto a Fé, que é a
causa instrumental da justificação. (Rm 3.22; 4.11; 9.30; Hb 11.7; Fl 3.9).
Esta fé, é estabelecida por Deus e somente Ele a distribui. Este é o princípio
único que a graça de Deus usa para restaurar-nos à sua imagem e ao seu favor. O Despertamento
desta fé se dá no homem pela influência do Espírito Santo, geralmente em conexão
com a Palavra. A fé lança mão da promessa divina e apropria-se das salvação.
Conclusão:
Como
servos de Deus, sabemos definir diante de nossos inquisidores o que é
justificação? Temos entendido a profundidade da declaração de Deus aos homens
que estão perdidos, tornando-os através da fé justos? Podemos expor com clareza seu fundamento? Sabemos como
chegamos a esta maravilhosa realidade, e temos contribuído para que outros que
ainda não conhecem a Cristo também cheguem? Deus nos abençoe para sermos
proclamadores da Salvação em Cristo, que promove a justificação na vida
daqueles que creem.
Aula 04
O CRENTE PODE PERDER A SALVAÇÃO?
"As minhas ovelhas ouvem a
minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca
hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos. Meu Pai, que mas deu,
é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai.” (Jo
10:27-29)
Introdução:
Hoje estaremos estudando um tema muito relevante no
contexto da Doutrina da Salvação, mas necessário. Afirmamos que nossa proposta
com esse estudo não é polemizar e criticar visões diferentes, mas à luz da
Palavra de Deus buscar o fortalecimento das bases na nossa Fé. Precisamos de
convicções e a Bíblia é o nosso aferidor para o que cremos.
A
Salvação de Cristo ministrada a um pecador
A conversão verdadeira é marcada por
algumas realidades que merecem ser apresentas na seguinte ordem:
Þ Ao ouvir a Palavra de Deus,
fui impactado de forma profunda quanto a minha vida. Uma profunda angústia e
dor veio sobre mim, pois me vi pecador diante da justiça de Deus e que morrendo
no meu pecado estava condenado a uma eternidade longe de Deus nas trevas
eternas. (Rm 3.23)
Þ Ao ouvir a Palavra, vi que
Cristo me amou a ponto de dar a sua vida por mim! Ele morreu derramando o seu
precioso sangue para me Salvar e eu posso alcançar o meu perdão através de
Cristo. (Jo 3.16)
Þ Entendi que através do
arrependimento, poderia mudar completamente o curso da minha vida. Eu poderia
caminhar seguindo a Cristo e tendo Ele como gestor pleno da minha vida. Orei
então ao Senhor Jesus dizendo: “Senhor Jesus, sei que sou pecador e preciso
da Tua Salvação. Nesse momento, eu te peço: Perdoe Senhor os meus pecados;
lava-me com o teu sangue; De hoje em diante eu te confesso como o meu Senhor;
Eu creio na Tua morte e ressurreição que me deu vida. Eu te aceito como único
Senhor e Salvador da minha vida. Amém”. (Ef. 1.13,14; Rm 10.9)
Esse é o maravilhoso milagre que acontece na vida daquele
que verdadeiramente entrega a sua vida a Jesus aceitando-O como único Senhor e
Salvador. A Bíblia nos mostra que há festas nos céus por um pecador que se
arrepende. (Lc 15.7)
Garantias
divinas ministradas a um pecador que foi salvo
Þ Aquele que verdadeiramente
creu em Cristo, tem o Espírito Santo como penhor da sua herança; (Ef. 1.13,14)
Þ Ninguém pode arrebatar um
salvo das Mãos de Deus (Jo 10.28,29)
Þ Aquele que verdadeiramente
creu em Cristo, de maneira nenhuma é lançado fora Ele; (Jo 6.37)
Þ Aquele que verdadeiramente
creu em Cristo, está selado pelo Espírito Santo; (Ef. 4.30; Ef. 1.13,14). Vale
lembrar que esse selo é inviolável e irrevogável; (Es 8.8 e Dn 6.12)
Þ Aquele que verdadeiramente
creu em Cristo, tem a presença Dele em sua vida até a consumação dos séculos;
(Mt. 28.20)
Þ Nenhuma condenação há para
aquele que verdadeiramente creu em Cristo; (Rm 8.1, 33-34)
Þ Nada poderá separar aquele
que verdadeiramente creu em Cristo, do amor de Deus; (Rm 8..35-39)
Þ O crente infiel será salvo
como pelo fogo; (I Co 3.15; 5. 1-5; 11.29-32)
Þ Aquele que verdadeiramente
creu em Cristo é nascido de Deus, e não pode “desnascer”; (I Jo 5.1)
Þ Aquele que creu
verdadeiramente em Cristo não pode pecar para a morte eterna; (I Jo 5.16; 3.9;
5.18)
Þ Aquele que verdadeiramente
creu em Cristo, foi resgatado para sempre da maldição da lei; (Gl 3.13)
Os
três tipos de crentes:
Nominal
Esse é aquele que tem apenas nome de crente. Ele apenas
carrega o nome de cristão, mas a sua vida não reflete os valores do
cristianismo. Ele conhece a Cristo apenas de nome, pois não foi regenerado,
transformado pela graça de Cristo. O
próprio Senhor Jesus fala sobre essa triste realidade: “Este povo
honra-me com os lábios, mas o seu coração está distante de mim; em vão me
adoram, ensinando doutrinas que são preceitos humanos” (Mt 15.8,9)
Ele diz que creu em Cristo, se batizou, se tornou membro
de uma igreja, mas o seu viver anda na contramão da vontade de Deus. Sua forma
de pensar, falar, vestir, andar demonstram claramente que ele nunca teve um
encontro real com Cristo.Esse tipo de cristão precisa nascer de novo! Ele
precisa da salvação de Cristo (Jo 3. 1-3).
Carnal
Esse é dominado pela carne. Ele
experimentou a salvação de Cristo, mas não a soberania de Deus. Ele sabe o
caminho que deve ser trilhado, mas não o faz, porque a carne sempre o vence. No
barco da vida desse cristão, ele é o timoneiro e não Cristo. Paulo em sua primeira
carta aos Coríntio 3.1, menciona os cristãos carnais que haviam na igreja e que
continuavam sendo crianças em Cristo.
Esse tipo de crente não cresce na graça e conhecimento de
Cristo. Como alguém que é dominado pela
carne, ele se encontra cheio de si e vazio do Espírito. (Ef. 5.18). Logo em sua
vida o manifestar será das obras da carne e não o Fruto do Espírito. (Gl 5.
19-21) - Na vida do crente carnal é necessário uma mudança profunda, através da
Santificação para ter de forma plena a sua comunhão restaurada com Deus. A
atitude de mudança precisa começar hoje diante de Deus.
Espiritual
Paulo nos fala sobre o crente espiritual em I Coríntios
2. 15,16 dizendo: “Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de
ninguém é discernido. Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa
instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.” Que coisa linda! Enquanto
o crente carnal é dominado pela carne, o espiritual tem Cristo como gestor
supremo da sua vida.
Ele teve um encontro real com Cristo e submetido ao Seu
senhorio, esse servo de Deus representa com excelência o nome de Cristo na
terra. Ele diz: Cristo vive em mim. (Gl 2.20)
Refutando
algumas interpretações erradas
Mateus
24. 11-13
(Aquele
que perseverar até o fim, esse será salvo).
Quando
olhamos para o contexto do texto citado, vemos que se trata da grande
tribulação. O contexto não se aplica ao tempo de Graça que estamos vivendo.
Vale a pena ver o contexto do texto no versículo 22.
I
Timóteo 4.16
(A
salvação depende de guardar a doutrina).
“Tem cuidado de ti mesmo e da
doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a
ti mesmo como aos que te ouvem.”
Claramente
vemos que aqui não se trata da salvação eterna. O salvar aqui é se salvar dos
falsos mestres e falsos ensinamentos. É só ler o contexto no início do capítulo
para entender o real sentido do texto.
I
Timóteo 6.10
(Alguns
se desviaram da fé)
“Porque
o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns
se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.”
Aqui não lemos que eles perderam a salvação, mas que
tiveram grande sofrimento por causa do amor ao dinheiro. Creio que esse
“desviar da fé” seja no sentido de abandonar a comunhão por amor ao dinheiro.
Contudo, fica uma pergunta: Eles de fato haviam crido em Cristo?
Hb
6.4
(É
impossível renovar os que, uma vez iluminados e alcançados pelo dom celestial,
de forma deliberada caírem).
Obs. A
carta aos Hebreus foi escrita aos hebreus, ex-judeus que confessavam o
cristianismo. Lembrando que muitos ainda não haviam crido em Cristo. Esse texto
é um alerta para revelando a eles tudo o que tinham visto e participado.
“Porque
é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom
celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa
palavra de Deus, e as virtudes do século futuro, e recaíram, sejam outra vez
renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o
Filho de Deus, e o expõem ao vitupério. (Hb 6. 4-6)”
Note que
que o texto se encaixa perfeitamente aos judeus que viveram no tempo de Cristo.
Iluminado (Jesus a luz do mundo na terra), provaram o dom celestial (Jesus o
presente de Deus dado aos homens), Se tornaram participante do Espírito Santo
(Não afirma que recebeu, mas desfrutou dele), provou a palavra de deus e as
virtudes (poderes) do século futuro. (Milagres de Cristo) e recaíram... Aqui
não diz que creram, mas sim privilegiados por todas essas maravilhas. De fato é
impossível que alguém que participe de tudo isso, seja salvo se simplesmente
renegar tudo e não crer no Salvador. (Exercer Fé)
Ap
2.10
(A
fidelidade deve ser contínua até a morte).
Nada
temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na
prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel
até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.”
Aqui o
texto está falando de galardão e não Salvação. A Bíblia mencio sete “coroas”
que serão galardões que Deus tem preparado para os salvos na glória.
Conclusão:
Para
concluirmos esse estudo, quero citar dois textos que precisam estar sempre
presentes em nossas mentes:
“Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha
palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em
condenação, mas passou da morte para a vida.” (Jo 5.24)
“Eles
saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido
dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse
manifesto que nenhum deles é dos nossos.” (1 Jo 2. 19).
Pr. Waldyr do Carmo
BIBLIOGRAFIA
__________________________________________________________________
http://www.respondi.com.br/2012/02/15-passagens-que-dizem-que-podemos.html
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