“...no dia do juízo, os homens haverão de dar conta de toda palavra inútil que tiverem falado.” (Mt 12.36) Certo dia, saindo do trab...
“...no dia do juízo, os homens
haverão de dar conta de toda palavra inútil que tiverem falado.” (Mt 12.36)
Certo dia, saindo do trabalho, pude constatar a precariedade do
linguajar que se instaurou no meio das crianças e adolescentes da atualidade.
Eu havia estacionado o carro a uns duzentos metros da entrada do colégio e,
durante esse pequeno percurso que fiz a pé, pude ouvir uma enxurrada de
palavrões e gírias de baixo calão que partiam dos gritos dos alunos que já
haviam saído e dos funks que explodiam de seus celulares.
Estremeci ao perceber a espécie de “cidadãos” do futuro. Estremeci,
ainda mais, ao lembrar-me do versículo que mencionei acima. Daremos conta a
Deus de toda palavra inútil que falarmos.
Alguém poderia dizer que alguns daqueles adolescentes são fruto de um
contexto familiar “problemático”, desajustado, por isso falam assim, porém
tenho visto muitos, criados dentro das igrejas, cometendo o mesmo tipo de erro.
Além das palavras obscenas e grosseiras, a petulância, o desrespeito, a
mentira, a fofoca e os boatos se espalharam como uma praga no meio das pessoas.
Procuremos santificar os nossos lábios. Abaixo a palavra inútil. Um
dia estaremos diante de Deus. O que diremos a Ele ao pedir-nos conta de toda
inutilidade que saiu de nossas bocas?
Rônia Malafaia
Igreja Casa de Oração Cehab
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