Missão e Voz NOSSA HISTÓRIA (Parte IV) Filipenses 2.3 - “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente consid...
Missão e Voz
NOSSA HISTÓRIA (Parte IV)
Filipenses 2.3 - “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos.”
Você acha isso fácil? Isso que o apóstolo Paulo está orientando no versículo acima é simples? Essa foi uma orientação dada aos crentes da cidade de Filipos, mas que nos alcança hoje de forma tremenda. Somos porventura diferentes deles? Estamos cercados por uma “blindagem” que não permite que sentimentos egoístas e de vaidade se apoderem de nós? Os cristãos da antiguidade eram formados de uma “matéria” diferente da nossa? Não.
Está escrito em Mateus 26.41: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.” Estou fazendo essas considerações porque é visível que uma das causas de desestruturação, de ruína da maioria dos ministérios é a vaidade, o egoísmo. O ser humano tem uma tendência enorme a querer se fazer notar em detrimento dos outros. Tal realidade provém da natureza adâmica, pecaminosa, que herdamos como resultado do pecado original, que passou a todos os homens. Digo homens em termos de humanidade. Homens e mulheres de diferentes faixas etárias, sejam crianças, adolescentes, adultos ou anciãos, de uma forma geral, buscam para si os holofotes, mesmo que para isso o outro precise ser ou estar “apagado”. Desde que as luzes reflitam-se sobre mim, que eu me sobressaia, que minhas ideias prevaleçam, que minha voz se evidencie, que minhas canções sejam as melhores, que eu, que eu, que eu... o resto que permaneça na penumbra, na semi-escuridão.
Infelizmente, digo infelizmente, mesmo, essa é a realidade de uma fatia considerável de ministros que, no início dos ministérios dados a eles pelo Senhor, diziam querer servir a Deus e levar a palavra de salvação, consolo e conforto aos perdidos e necessitados, mas que perderam o foco e se deslumbraram diante da projeção que alcançaram.
Desde o comecinho da nossa formação como grupo, sabíamos que não estaríamos livres desse tipo de tentação. Então o caminho foi, é, e sempre será “vigiar e orar”. Desde o início, conversamos a respeito de como tratar certas situações. Lembro-me de que, em um de nossos ensaios, alguém disse que cada um de nós deveria ter muito cuidado com a forma de falar e de receber o que estivesse sendo dito por outra pessoa. Muitas vezes a intenção de quem fala não é desagradar o outro, mas se quem estiver ouvindo, encontrar-se fragilizado naquele momento, por qualquer outro motivo, até mesmo um lenço que cair poderá provocar um terremoto. Com o passar do tempo, nos tornamos cada vez mais vigilantes quanto a isso, justamente porque não queremos perder o espírito de grupo, de companheirismo.
É curioso ver, então, como as coisas acontecem entre nós, porque, é claro que acontecem. Se em algum momento, alguém percebe “algo estranho no ar”, sente que o outro não se encontra cem por cento, a iniciativa é chamar para uma conversa sincera, porém pautada no amor. Entendo que tudo pode e deve ser falado, entretanto o importante é a forma usada para se estabelecer a conversa. Meu pai me dizia que se pode conduzir um elefante à beira de um precipício com uma teia de aranha, desde que se tenha o “jeitinho” necessário para fazê-lo. Epa! Deixe-me explicar melhor isso aqui. Ninguém quer e, em Nome de Jesus, jamais irá querer conduzir o outro a um precipício, não. Todavia isso mostra que se soubermos tratar bem o nosso próximo, nos colocar no lugar dele em situações de conflito, a resistência é quebrada. Quer resistência maior do que a que um elefante pode oferecer?
O tom de voz, a expressão facial, a gesticulação, tudo isso revela a verdadeira intenção do falante e é necessário pedir, em todo o tempo, o domínio do Espírito Santo de Deus para fazer a coisa certa, na hora certa, da maneira certa. Não ser egoísta ou vaidoso e considerar o outro superior a si mesmo não pertence à natureza humana, mas à divina, e abrir as portas do coração para o controle do Espírito Santo torna isso possível.
Rônia Malafaia
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