Leitura bíblica: Juízes 11.30-40 Versículo-chave: Números 30.2 – “Quando um homem fizer voto ao Senhor ou fizer juramento, ligando a sua alm...
Versículo-chave: Números 30.2 – “Quando um homem fizer voto ao Senhor ou fizer juramento, ligando a sua alma com obrigação, não violará a sua palavra; segundo tudo o que sai de sua boca fará.”
Deuteronômio 23.21 – “Quando votares algum voto ao Senhor, teu Deus, não tardarás em pagá-lo; porque o Senhor, teu Deus, certamente o requererá de ti, e em ti haverá pecado.”
Votar, prometer é empenhar a palavra. Mesmo que nos nossos dias, tempo em que se nota uma inversão de valores muito grande e isso pareça não ser muito valioso para a maioria das pessoas, na antiguidade representava um compromisso assumido que jamais poderia ser negligenciado, quanto mais quando se tratava do Senhor. Antigamente as pessoas não assinavam contratos, a palavra era suficiente e a quebra da mesma trazia danos aos relacionamentos, assim como traz hoje também. Ninguém era obrigado a fazer votos, mas, se o fizesse, deveria cumpri-lo. Muitas vezes, no calor da emoção, levado pelas circunstâncias, pessoas faziam votos impensados, como foi o caso de Jefté. Há muitos questionamentos em torno desse assunto. Será que ele não imaginou que de sua casa poderia sair uma pessoa e não uma cabra, ovelha ou outro animal qualquer? Será que o holocausto foi o sacrifício humano, a morte literal de sua filha, o que era proibido em Israel? Algum sacerdote o ajudaria? Será que esse sacrifício foi no sentido de que a moça ficou destinada a permanecer virgem, sozinha, solteira? Bem, a questão não é o que de fato aconteceu, mas por que aconteceu. Houve uma precipitação, uma imprudência na hora de se votar. Como já foi dito, ninguém era obrigado a fazer votos. O voto precipitado de Jefté causou-lhe uma dor muito grande. É fácil fazermos promessas a Deus, mas cumprirmos é que é a questão; e precisamos cumprir, pois já que votamos, Deus leva muito a sério. A Bíblia Explicada de S. E. MacNair traz um comentário a respeito do capítulo 30 de Números o qual diz que no terreno do legalismo o povo de Israel fracassou, visto que estava debaixo da Lei, sujeito à lei dos votos e nunca cumpriu seu voto de perfeita obediência a Deus (Êx. 19.8). Nós também falhamos, por isso o Senhor, no sermão da montanha proíbe tomar o compromisso do voto: “Tendes ouvido o que foi dito aos antigos: não jurarás falso, mas cumprirás para com o Senhor os teus juramentos. Eu, porém, vos digo que absolutamente não jureis (Mt. 5. 33, 34). Diante da imperfeição humana, veio o Senhor e nos livrou do julgo da Lei. Na verdade, o que Deus quer de nós não são promessas dificílimas de serem cumpridas, não são palavras que saltam de nossos lábios num momento de euforia pela vitória ou de profunda angústia diante da derrota ou tribulação. Não são juras que culminarão em dano diante do descumprimento das mesmas o que Deus quer de nós e, sim, um coração obediente e confiante em Suas promessas. Essas, com certeza, não fracassarão, não falharão e não passarão. Em Josué 21.45 lemos: “Palavra alguma falhou de todas as boas palavras que o Senhor falara à casa de Israel, tudo se cumpriu. Aleluia! Ele tudo cumpre! Nele nós podemos confiar!
Rônia Malafaia
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