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Misericórdia quero e não holocaustos

Leitura bíblica: Isaías 1.11-17 Versículo-chave: Oséias 6.6 – “Porque eu quero misericórdia e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, m...


Leitura bíblica: Isaías 1.11-17

Versículo-chave: Oséias 6.6 – “Porque eu quero misericórdia e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos".


Rituais religiosos desprovidos da fé genuína e do que ela promove não valem nada aos olhos de Deus. O Senhor, através do profeta Isaías, faz acusações e exortações ao povo de Israel. Eles estavam vivendo um “sistema religioso” pautado num meticuloso cuidado em realizar os sacrifícios que passaram a ser apenas um sinal exterior, desprovido de qualquer valor, pois a fé genuína havia se esvaído. Rituais religiosos são absolutamente inúteis se não estiverem vinculados à obediência e ao amor a Deus, que gera amor ao próximo. Observamos em nosso versículo-chave que, através do profeta Oséias, Deus adverte o povo apontando as conseqüências que viriam sobre a nação pela violação do pacto de fidelidade e obediência que redundaria em castigo, em punição, ao invés de culminar nas promessas de bênçãos, se houvesse sinceridade. Deus, através dos profetas, revelava Seus planos ao povo de Israel, assim como hoje faz-nos as mesmas revelações através de Sua Palavra. Muito mais do que cumprir práticas religiosas, Deus quer de nós uma vida pautada na prática da justiça, na aprendizagem do bem, do que é reto, ajudando o oprimido, o desfavorecido, socorrendo os órfãos, tratando da causa das viúvas, ou seja, sendo MISERICORDIOSOS. Ele queria tais coisas dos líderes religiosos e do seu povo na antiguidade, como quer, hoje, de nós. Somos misericordiosos quando damos lugar à ira? Somos misericordiosos quando caluniamos alguém? Somos misericordiosos quando emitimos juízo sobre a vida dos outros, sem conhecimento de causa, julgando precipitadamente o nosso semelhante? Somos misericordiosos quando abrimos as portas à murmuração e fomentamos fofoca e disse-me disse? Somos misericordiosos quando traímos a confiança de quem depositou em nós todo o crédito? Será que é suficiente freqüentarmos os cultos, sentarmos nos bancos das igrejas, querendo, na maioria das vezes, “entretenimento” em vez de estarmos voltados à genuína adoração a Deus? Será suficiente depositarmos mensalmente nossos dízimos e ofertas, cantarmos louvores (por vezes tão displicente e irreverentemente), acompanharmos as leituras bíblicas e toda a liturgia (quase sempre só de corpo e não com o espírito), tomarmos o vinho e comermos o pão na celebração da Santa Ceia do Senhor (ignorando, em muitos momentos, a profundidade desse memorial)? A essência da vida cristã está em cumprirmos, sim, as ordenanças do Senhor, e participarmos, com certeza, da vida ativa da igreja na qual congregamos, tendo, porém, um coração sincero, voltado para o que de fato importa que é cumprir a santa, perfeita e agradável vontade de Deus. Essa se resume em dois grandes mandamentos: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Isso gerará a misericórdia que é infinitamente mais importante para o Senhor que a “prática de sacrifícios” e o cumprimento de “regras” ditas cristãs as quais só são válidas se seladas por Cristo em nossos corações.
Rônia de Almeida Malafaia Souza
Membro da Casa de Oração Cehab

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