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Louvor e Adoração - Parte IV

 ü O Perfil de um verdadeiro adorador  v   É preocupado em zelar para que a adoração seja direcionada somente ao Pai e não para si ...


 ü O Perfil de um verdadeiro adorador

 v  É preocupado em zelar para que a adoração seja direcionada somente ao Pai e não para si próprio  -“ Ao Senhor teu Deus adorarás, e Só a Ele servirás” Mt.4.10

 v  Faz o que o Pai determina que se faça até chegar ao fim – “Eu glorifiquei-Te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer”   Jo 17.4

v  É “cúmplice” do Pai – “ Todas as minhas coisas são tuas e as Tuas coisas são minhas” Jo 17.10

v  Aceita a decisão do Pai – “Não beberei eu o cálice que o Pai me deu?” – (Jo 18.11b)

Para sermos adoradores como Jesus foi, precisamos apenas de uma coisa: amar a Deus sobre todas as coisas. Não existe um só adorador que seja que não tenha o coração inflamado por Deus e por Jesus. Não existe chance alguma de sermos adoradores se não amarmos a Deus, pois, para que se tenha verdadeira adoração, é necessário ter atitudes como as de Jesus e, para se ter essas atitudes, é também necessário renunciar a própria vida para viver os projetos e alvos do Pai. Não há como desvincular adoração do amor e da obediência.

ü A adoração e o serviço

Toda adoração leva a uma ação. Quem adora serve; quem adora faz algo em favor do seu alvo de adoração. Foi assim com a mulher com o vaso de alabastro (prestando um serviço - ungindo-O para a Sua morte – Mt.26:12), foi assim com Abraão (abrindo mão do seu próprio filho), foi assim com Davi (organizando todo o serviço no templo), foi assim com Pedro (renunciando a própria vida pelo projeto de Deus), com Paulo e com todos os outros adoradores. A adoração sempre leva ao serviço, por isso a Palavra diz que o Pai procura os adoradores. Ele os procura porque neles existe uma grande vontade de servir; um adorador não consegue ficar sem trabalhar... e Deus procura trabalhadores para a Sua seara.

Todo adorador traz dentro de si o desejo de ofertar e a vontade de sempre “fazer mais pelo seu Senhor”.

Quando Paulo pede aos cristãos para se oferecerem como sacrifício vivo, ele estava, na verdade, pedindo que eles fossem adoradores.

ü A adoração e a oferta

Como vimos anteriormente, a adoração nos leva a ofertar. Todo adorador tem o desejo de ofertar. Mas ofertar o quê? Ofertar o melhor!!!! Nada menos que o melhor.



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ü Chega da oferta de Caim

Dizer que Caim não reconhecia que Deus fosse digno de toda adoração... Dizer que ele não foi um adorador... penso ser perigoso demais. Apesar de suas atitudes falarem por si só, deixo que você pense sobre o assunto. Porém posso afirmar com todas as letras que Abel era um adorador em potencial. E por que posso afirmar isso? Também pelas suas atitudes...

            Vejamos o que a Bíblia nos mostra sobre a oferta de Caim e a de Abel.

            “E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta. Mas para Caim e para sua oferta não atentou.” (Gn 4. 3-5)

            Não ousaria também dizer que Deus não tenha aceitado a oferta de Caim por ser esta feita com frutos da terra e não com ovelhas. Penso que Deus permitiu que ele se interessasse mais pela plantação e que, se ele tivesse ofertado com o mesmo “coração” que Abel o fez, com certeza, Deus teria se agradado dele.

 Deus quer que o sirvamos com aquilo que temos... Ele aceita aquilo que temos para Lhe oferecer, desde que esse “oferecimento” seja colhido dentre o MELHOR que temos.

O que nos leva a crer nisso? Bem, a Palavra diz que Caim trouxe do fruto da terra e Abel trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura. Creio que esse foi o diferencial da oferta de adoração de Caim para a de Abel – foi a gordura que estava na oferta de um e que não estava na oferta do outro.
E o que vem a ser essa gordura?

 Muitas vezes, na Bíblia, fala-se em gordura. Algumas vezes, essa gordura faz referência à parte gordurosa, mesmo, no real significado da palavra, mas em outras vezes, essa palavra gordura tem um sentido diferente, referindo–se à melhor parte, ao melhor pedaço, ao primeiro pedaço.

Vejamos, assim, o que você entende ao ler esses versículos:

            “Assim, pois, te dê Deus do orvalho dos céus e das gorduras da terra, e abundância de trigo e de mosto.” (Gn. 27.28)

            Quão preciosa é, ó Deus, a tua benignidade, pelo que os filhos dos homens se abrigam à sombra das tuas asas. Eles se fartarão da gordura da tua casa, e os farás beber da corrente das tuas delícias.” (Sl. 36.7- 8)

            Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura(Is. 55.2)
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A palavra gordura aqui se refere ao melhor, à melhor parte. Fato esse que também está relatado em Gênesis 4.3-5.

           “E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta. Mas para Caim e para sua oferta não atentou.”

 Sem dúvida, pela narração bíblica, podemos concluir que Abel, ao escolher a oferta para o Senhor, preocupou-se em escolher o melhor, a melhor parte; atitude essa que não foi observada em Caim, pois a Bíblia não diz que ele tenha oferecido da gordura do fruto da terra. Isso nos leva a pensar que Caim não se preocupou em dar o melhor para Deus, não perdeu tempo escolhendo os primeiros frutos, ou aqueles que não tivessem nenhum defeito ou os que fossem mais doces. Ele ofertou, sim, mas não ofertou da forma como Deus merece.

Ao contrário de Abel, muitas vezes, na Bíblia, vemos Deus rejeitando a oferta feita na hora da adoração do Seu povo, pois essa estava sendo feita de forma “relaxada”.

Em Malaquias 1. 6-11 e 13-14 lemos: “O filho honra o pai, e o servo o seu senhor; se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o meu temor? diz o SENHOR dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome. E vós dizeis: Em que nós temos desprezado o teu nome?
Ofereceis sobre o meu altar pão imundo, e dizeis: Em que te havemos profanado? Nisto que dizeis: A mesa do SENHOR é desprezível. Porque, quando ofereceis animal cego para o sacrifício, isso não é mau? E quando ofereceis o coxo ou enfermo, isso não é mau? Ora apresenta-o ao teu governador; porventura terá ele agrado em ti? ou aceitará ele a tua pessoa? diz o SENHOR dos Exércitos.
Agora, pois, eu suplico, peça a Deus, que ele seja misericordioso conosco; isto veio das vossas mãos; aceitará ele a vossa pessoa? diz o SENHOR dos Exércitos.
Quem há também entre vós que feche as portas por nada, e não acenda debalde o fogo do meu altar? Eu não tenho prazer em vós, diz o SENHOR dos Exércitos, nem aceitarei oferta da vossa mão. Mas desde o nascente do sol até ao poente é grande entre os gentios o meu nome; e em todo o lugar se oferecerá ao meu nome incenso, e uma oferta pura; porque o meu nome é grande entre os gentios, diz o SENHOR dos Exércitos. E dizeis ainda: Eis aqui, que canseira! E o lançastes ao desprezo, diz o SENHOR dos Exércitos; vós ofereceis o que foi roubado, e o coxo e o enfermo; assim trazeis a oferta. Aceitaria eu isso de vossa mão? diz o SENHOR. Pois seja maldito o enganador que, tendo animal no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor uma coisa vil; porque eu sou grande Rei, diz o SENHOR dos Exércitos, o meu nome é temível entre os gentios.
   
Se você observar no verso 14, Deus estava aqui dizendo que eles tinham condições de oferecer coisa melhor, porque eles tinham no pasto o animal, mas na hora de oferecer, eles escolhiam o pior. Creio que esse foi o mesmo motivo pelo qual Deus tenha rejeitado a oferta de Caim.

Conclusão:

Penso que isso basta para finalizarmos nosso estudo sobre adoração.
Adoração é feita quando ofertamos o melhor de nós, o melhor que temos. O melhor... sempre o melhor.

 “Mas desde o nascente do sol até ao poente é grande entre os gentios o meu nome; e em todo o lugar se oferecerá ao meu nome incenso, e uma oferta pura”. (Ml. 1.11)

Deus, nesse verso, diz que o Seu nome é grande e que, em todo lugar se oferecerá uma oferta pura: isso quer dizer que Ele sempre, em todas as gerações, e em todos os lugares, seja na zona rural ou numa grande metrópole, sempre encontrará pessoas dispostas a oferecerem o melhor, o que é puro. Ele está dizendo que haverá, sim, os verdadeiros adoradores, aqueles pelos quais Ele sempre buscou.


Que você seja um deles. Amém.
Kênia Costa Gregório

Professora CTB – Adoração e Louvor
Coordenadora do Ministério de Música
Igreja Casa de Oração Cehab

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