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Dons Espirituais (Módulo Nova EBD)

Aula 01 A RAZÃO DOS DONS DO ESPÍRITO NA VIDA DA IGREJA “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diver...



Aula 01

A RAZÃO DOS DONS DO ESPÍRITO
NA VIDA DA IGREJA

“Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” (I Co 12. 4-7)

Introdução

Nesse mês, o nosso foco estará voltado para os “Dons Espirituais”, à luz das Escrituras Sagradas. O que são? Quem concede? Qual é a razão? Esses e outros questionamentos serão respondidos, de forma equilibrada, e tendo sempre como base a Palavra de Deus.

Que Deus nos abençoe nesse mês de estudos e nos faça compreender as implicações dos “Dons Espirituais” na vida da igreja, a fim de que sejamos os instrumentos que Ele, em sua infinita misericórdia e graça, estará usando para proclamarmos o Reino de Cristo a muitos corações.

DIFERENCIANDO

Fruto do Espírito Santo, dom do Espírito Santo e dons do Espírito Santo são três coisas distintas.

O Dom do Espírito Santo – é o próprio Espírito que recebemos, quando cremos e aceitamos o Senhor Jesus como nosso Senhor e Salvador pessoal (At 2.38; Ef 1.13).

     O Fruto do Espírito Santo - A Bíblia diz “fruto” e não “frutos”. Essa é a verdade de um único fruto que se manifesta em nove virtudes que são inerentes à pessoa do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, e que o Espírito Santo procura manifestar na vida do crente.

Dons do Espírito – Esse é o tema que estaremos estudando neste módulo.

DEFININDO “DONS ESPIRITUAIS”

            “Os dons do Espírito Santo são capacitações especiais dadas aos discípulos para equipá-los para a vida cristã, o testemunho cristão, o serviço e a edificação do corpo de Cristo, que é a Igreja, e a glorificação do nome do Senhor.” 1

            Quem concede os dons espirituais aos crentes é o Espírito Santo (I Co 12.11) e Ele faz isso, visando um fim proveitoso, que é o crescimento, a edificação da Igreja de Cristo e a glorificação do nome do Senhor. Logo, sendo membro do corpo de Cristo (Rm 12.4-8), todo crente tem pelo menos um dom espiritual.

LISTA CHAVE DOS DONS ESPIRITUAIS

            Quando lemos os três textos que listam os dons espirituais, percebemos que tais não tencionam ser completos. Vemos, de forma clara, que o Espírito Santo, em sua soberania, distribui os dons da maneira que lhe apraz. Portanto pode conceder outros dons para a edificação do Corpo de Cristo. Contudo a maioria dos dons espirituais mencionados na Bíblia encontra-se em três capítulos principais: Rm 12, I Co 12 e Ef 4.  Há ainda outros textos importantes, cujas informações preenchem outros detalhes significativos: I Co 13-14; I Pe 4; I Co 7 e Ef 3.  Começaremos a reunir a lista fundamental, usando os três capítulos básicos. 

            As palavras entre parênteses são traduções variantes de uma mesma palavra grega.

Romanos 12

a)    Profecia (Pregação, Declaração inspirada); 
b)    Serviço (Ministério);
c)    Ensino (Comunicação de princípios bíblicos); 
d)    Exortação (Estímulo à fé, Encorajamento);
e)    Contribuição (Doação, Generosidade); 
f)     Liderança (Autoridade, Governo, Administração);
 g)    Misericórdia (Simpatia, Consolo, Bondade).

   
1 MATURIDADE CRISTÃ, J.M.N. – JUERP – 14.ed. – Pg 16
 I Coríntios 12

h)  Sabedoria (Conselho sábio, Palavra sábia); 
i)   Conhecimento (Falar com propriedade);
j)   Fé (Crer na intervenção divina);
k)  Cura (Sarar mágoas e doenças físicas);
l)   Milagres (Realização de grandes feitos);
m) Discernimento de espíritos (Percepção espiritual),
n)  Línguas (Falar em línguas nunca aprendidas);
o)  Interpretação de línguas (Tradução compreensiva);
p)  Apóstolo;
q)  Socorro;
r)   Administração (Governo, Presidência, Liderança).

Efésios 4
s)  Evangelista (Missionário, Pregador da salvação em Cristo);
 t)  Pastor (Ministro do povo de Deus);

            Nessas três listas temos 20 dons espirituais distintos.

 Conclusão

            Como cristãos, membros do Corpo de Cristo, precisamos aprender sobre os “Dons Espirituais”. Necessitamos também descobrir o nosso dom. Dessa forma, permitiremos que o Espírito nos use e seremos instrumentos de bênçãos, edificando o Corpo de Cristo, que é a Igreja, e cumpriremos o nosso propósito.


Aula 02

DONS E SEUS SIGNIFICADOS

“Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” ( I Co 12. 4-7)

Introdução

            De forma objetiva, estaremos buscando entender a função de cada dom, objetivando trazer esclarecimentos aos membros e assim ajudá-los a a descobrir e crescer no dom que o Espírito Santo concedeu.

PROFECIA (Rm 12.6; I Co 12.10)

O que é profetizar?  É declarar as verdades bíblicas aos crentes, através da pregação. A profecia tem a finalidade de “exortar”, “edificar” e “consolar” a igreja (I Co 14.3). Essa mensagem leva os crentes a se fortalecerem mais na fé e conduz os incrédulos a uma decisão diante de Cristo.


MINISTÉRIO OU SERVIÇO (Rm 12.7)

Esse dom está intimamente ligado com os dons de “misericórdia” e “socorro”. Em seu exercício, o servo de Deus recebe do Espírito Santo a capacitação para detectar e suprir as necessidades dos santos. O crente que tem esse dom, ajuda os membros da igreja sem a pretensão do reconhecimento.
ENSINO (Rm 12.7)

A igreja precisa de ensino, precisa crescer na graça e conhecimento do Senhor Jesus Cristo. Precisa estar preparada para enfrentar as heresias. O Espírito concede o dom do ensino para que, no meio da igreja, levantem-se mestres que estejam ensinando as profundas verdades contidas na Palavra de Deus. É um dom importantíssimo no Ministério Pastoral (I Tm 3.2; II Tm 2.24).

EXORTAÇÃO (Rm 12.8)


A palavra que se traduz por exortação é “encorajamento”, “conforto” ou “consolação”. No uso desse dom, o servo de Deus busca desafiar, motivar, ajudar os membros do corpo de Cristo a se apresentarem da melhor maneira possível, diante de seu Mestre, Jesus. Essa ação está no mesmo contexto do agir do Espírito Santo na vida do crente (O “Consolador”).

OFERTAR (Rm 12.8; I Co 13.3)


Esse dom é a capacidade que o Espírito Santo concede ao crente de louvar a Deus com suas ofertas. É importante lembrar que esse agir se manifesta fora dos dízimos que já são do Senhor. O crente usado por Deus, através desse dom, oferta com sacrifício e acima de suas possibilidades, porém com alegria, pois sabe que é para o Senhor.


LIDERANÇA (Rm 12.8)


Muitos querem liderar, mas, em muitos casos, não conseguem fazê-lo. O dom de liderança é a capacitação espiritual que o Espírito Santo dá ao crente para que ele possa exercer essa tarefa de forma a glorificar o nome do Senhor. É importante lembrar que, ao exercer esse dom, o servo de Deus receberá também a capacidade de reconhecer os dons dos outros e levá-los ao ministério. Esse dom é importantíssimo aos pastores e obreiros da igreja (I Ts 5.12, I Tm 5.17).



MISERICÓRDIA (Rm 12.8)


Capacidade especial que Deus dá a alguns crentes. Eles se sensibilizam com o sofrimento dos outros e se colocam à disposição para amenizá-los. Todos os crentes devem exercer a misericórdia (Gl 6.10), contudo, nesse caso, o Espírito usa alguns, especificamente, nessa tarefa.

SABEDORIA (I Co 12.8)


“O dom espiritual de sabedoria é a habilidade dada por Deus para entender e aplicar conhecimento para suprir necessidades específicas do Corpo de Cristo.” 2 Este dom está muito ligado com o aconselhamento cristão. Ele permite também ao servo de Deus responder, de forma sábia, aos questionamentos do mundo (Lc 21.12-15).

CIÊNCIA (I Co 12.8)

No uso deste dom, o crente recebe de Deus a capacidade de ensinar profundamente a sua Palavra. O Servo de Deus retira da Bíblia informações valiosas e as aplica na Igreja, levando-a a avançar poderosamente.
FÉ  ( I Co 12.9 )

A partir do momento em que se crê em Cristo Jesus como Salvador pessoal, creu-se pela fé salvadora (Ef. 2.8-9). Contudo Deus, pela sua soberania, chama muitos de seus servos para exercerem, de forma especial, o Dom da Fé. No exercício desse dom, o crente, mesmo diante de situações que ultrapassam os limites humanos, crê e louva ao Senhor pela vitória. Ele sabe que Deus está no controle.

CURA ( I Co 12.9,28 )

A ideia do termo é cura milagrosa. Ou seja, é Deus agindo através do crente e operando o milagre. O termo “dons de curar” parece sugerir cada cura para um dom específico. Contudo é importante lembrar que o crente é apenas o instrumento. Quem realiza o milagre é Deus.

OPERAÇÕES DE MILAGRES (I Co 12.10,28)

Este dom é a maneira especial que o Espírito Santo usa para cumprir os desígnios de Deus, de forma sobrenatural, realizando milagres. Deus pode usar qualquer dos seus servos para cumprir seu plano.


2 ROBINSON, Darrell W. Igreja Celeiro de Dons. Rio de Janeiro: Juerp: CBB. 2000. Pg.116


DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS. (I Co 12.10)

Para impedir a ação de Satanás, na vida dos crentes e da igreja, Deus capacita seus servos a discernirem entre o verdadeiro e o falso (I Jo 4.1-6). Nisso o nome de Cristo é glorificado na vida da igreja.



Aula 03

UMA AVALIAÇÃO ACURADA DO DOM DE LÍNGUAS


“Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” (I Co 12. 4-7)


LÍNGUAS E INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS.
(Variedade de Línguas—I Co 12.10,28)

Introdução:

            O que é o dom de línguas e interpretação? O legítimo dom de línguas está narrado no livro de Atos. “O dom outorga a habilidade de falar e comunicar o evangelho em um idioma previamente desconhecido.” 3 Já a interpretação é a capacidade de compreender este idioma e trazer seu significado a lume. Os dois dons se relacionam (At 2.4,7,8; 10.44-48; 19.6).

Aspectos importantes acerca do Dom:

 - As línguas faladas eram idiomas (At 2.8);

 - As línguas são um sinal para os incrédulos (Is 28.11,12 e I Co 14.22);

 - As línguas mostraram aos judeus crentes que o evangelho os incluía e os gentios também, diante da dificuldade que eles tinham de entender o escopo do evangelho de Jesus Cristo (At 11.1-4, 18); o dom veio revelar que o evangelho era para o mundo inteiro (At. 10.44-48 ).

VERDADES ACERCA DA “LÍNGUA ESTRANHA”

            Ao contrário do que muitos pensam, a Carta de I Coríntios não foi escrita para ensinar a prática de “língua estranha”, mas sim para corrigir uma perversão do dom bíblico de línguas. Há, em nossos dias, uma aplicação errônea do texto para fundamentar ensinos que não são bíblicos.

Questões relevantes da igreja de Corinto:

1- A igreja era dividida. Paulo mostra pelo menos 4 partidos: os de Paulo, Pedro, Apolo e os de Cristo (I Co 11);

2- A igreja era imatura (I Co 3.1);

3- Havia jactância (I Co 5.6);

4- Havia fornicação. (I Co 5.1-5);

5- Havia prostiuição. (I Co 6.1-11).

            Além dessas questões, a carta de Paulo menciona outras irregularidades vividas pela igreja. É dentro desse contexto, que Paulo trata da questão das línguas.

3  ROBINSON, Darrell W. Op. Cit.  Pg 88

O PANO DE FUNDO DO CONTEXTO DA CIDADE DE CORINTO

            Corinto estava localizada num estreito de terra entre os mares Adriático e Egeu. A cidade era portuária, o que permitia à mesma ter um grande fluxo de pessoas e, naturalmente, grande movimentação. Havia também muita prosperidade, bebedeira, jogos, prostituição, lutas e etc. Muita prática religiosa pagã imperava na cidade. Ao sul da cidade, havia uma montanha com um templo dedicado a Afrodite, a deusa grega do sexo. No contexto da adoração, a sexualidade fazia parte do culto. “A adoração era liderada pelas sacerdotisas prostitutas, que incorporavam o falar em línguas (falas extáticas) como parte de seu frenesi emocional na adoração.” 4 Elas se envolviam sexualmente com os marinheiros à noite, quando desciam ao porto e nos feriados.

 AS MANIFESTAÇÕES DE LÍNGUAS NA IGREJA DE CORINTO

            Ao se dirigir à igreja de Corinto (I Co 14.1...), Paulo usa duas expressões que nos chamam a atenção: “língua” no singular e “línguas” no plural (I Co 14.2,4,5,6,13,14,18 e 19). O que estava acontecendo na igreja?

            Ao analisar a maneira como Paulo escreve, parece-nos que nesta igreja estava havendo uma manifestação de “língua” de forma incoerente em relação ao genuíno dom de Língua - idiomas - (At 2.1...), o qual, pelo que se observa, estava sendo pouco usado na igreja.

            Ao se referir á “língua”, no singular, Paulo não faz nenhuma menção ao Espírito de Deus, mas diz “... em espírito fala mistérios, e.... meu entendimento fica infrutífero... (I Co 14.2,14). O que fala em língua não fala aos homens, mas a Deus, pois ninguém o entende... (I Co 14.2). Ninguém os entendia, porque eram sons sem significados. Também não temos base bíblica para afirmar que eram língua dos anjos. Em I Co 13.1, Paulo diz ... ainda que eu falasse..., o sentido é, se houvesse possibilidade... a linguagem dos anjos não é a mesma dos humanos.

            Somos levados a crer que essa “língua”, que era muito usada na igreja de Corinto, era uma linguagem “extática”. Paulo, com muita sabedoria, traz ensinamentos à igreja que, se aplicados, se não a extinguissem, a reduziria muito. Essa linguagem é a emissão de sílabas picadas sem, contudo, formar palavras com significado na linguagem humana.

Essa manifestação estava provocando sérios problemas dentro da igreja.

 - Falta de coordenação no culto. Estava havendo muito barulho. O culto estava sendo prejudicado.

 - Quem falava, ficava com o sentimento de superioridade em relação aos que não falavam.

 - A adoração não estava sendo com o entendimento (Mt. 22.37; I Co 14.15).
  

4 ROBINSON, Darrell W.Op.Cit. Pg. 90

  Como entender I Co 14.4?

            Edificar-se a si mesmo.

            No contexto, a pessoa, por falta de conhecimento da Palavra de Deus, começa a buscar o “falar” a língua “estranha”. Ela crê em sua realização espiritual se “falar”. Quando consegue, ela se sente mais espiritual e agraciada. É algo apenas do emocional. Entendemos que há a edificação pessoal e não coletiva. Temos, aqui, a ação da graça e misericórdia de Deus, na vida desse cristão.


            Neste tipo de manifestação, não há poder para evangelizar como houve no pentecostes (At. 2.1...).

            Paulo trata, severamente, a questão (I Co 14.18,19). Ele fala da língua do emocionismo.
            Voltamos a afirmar que, se a igreja de Corinto aplicou as recomendações de Paulo quanto ao uso da “língua estranha”, a manifestação foi extinta ou quase extinta da igreja (I Co. 14. 2,4,13,14,19,26,27,28 ).

O GENUÍNO DOM DE LÍNGUAS (IDIOMAS)

            Paulo o descreve em I Co 12. 10,30. Esse dom era a capacidade dada pelo Espírito de falar em outros idiomas. Dom esse, pelo que vimos, raro na igreja de Corinto. A comprovação do dom está no capítulo 14. 20,21.

             Paulo apresenta várias razões contrárias a se falar em línguas (idiomas), sem ter quem entendesse (I Co 14.23)


            Havia uma preocupação grande de Paulo para que o evangelho fosse proclamado de forma clara e compreensível aos incrédulos - Cap. 14.24,25.

            Conclusão:

            Entendemos, diante dessas verdades, que Deus é soberano e pode nos usar da maneira que lhe aprouver. Deus, para fazer cumprir seu plano de salvação, pode ainda hoje levantar servos para exercerem o genuíno “dom de línguas” e também usar os seus servos na interpretação.

 Aula 04

DONS E SEUS SIGNIFICADOS FINAL

“Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” ( I Co 12. 4-7)

Introdução:


            Nessa última parte do módulo “Dons Espirituais, estaremos abordando os dons de: Apóstolo, Socorros, Governos, Ser Evangelista e Ser Pastor e Mestre. Esses são os últimos dos vinte dons que foram apresentados nos textos de Romanos, I Coríntios e Efésios. Nessa última lição, apresentaremos também um teste para ajudar na descoberta do seu dom ou dons.

APÓSTOLO (I Co 12.28; Ef. 4.11)

Definição: “O que é enviado”. Biblicamente, temos os 12 discípulos e o apóstolo Paulo (Lc 6.13; Rm 1.1). Este seria o conceito restrito dos que exerceram o dom. Contudo, numa visão mais ampla, podemos mencionar outros como Barnabé, Apolo, Silvano e Timóteo (At. 14.14; I Co 4.6,9; I Ts 1.1; 2.6). Para muitos, o ministério apostólico, ainda é exercido em nossos dias, o que, na verdade, são pessoas enviadas por Deus para realizarem uma missão especial. Eles iniciam igrejas em outras nações. “São quase sempre missionários e plantadores de igreja que possuem a habilidade de exercer liderança geral sobre um número de igrejas.” 5
SOCORROS (I Co 12.28)

É a capacidade que o Espírito Santo concede a alguns discípulos de socorrerem àqueles que estão passando por momentos difíceis, levando uma carga pesada demais. Quando dois carregam uma mesma carga, fica mais leve e, sem dúvida, a vitória é certa. Vemos também o amor sendo colocado na prática no exercício deste dom.

  5  DARRELL. W. Robinson. Op.Cit. Pg. 99

 GOVERNOS (I Co 12.28)

Esse dom é a capacidade dada por Deus para a administração. Está mais relacionado com o ministério pastoral (I Tm 3.1-7).

SER EVANGELISTA (Ef 4.11)

            Todo crente recebe de Deus a tarefa da evangelização. Contudo o Espírito Santo concede a alguns uma habilidade especial para a evangelização. São os evangelistas que Deus levanta e levam muitos a aceitarem Cristo como Salvador pessoal.

SER PASTOR E MESTRE (Ef 4.11)

            Deus tem vocacionado muitos para exercerem esse ministério. Todo pastor deve ser mestre. Precisa estar também apto para ensinar. O pastor, em amor, conduz a igreja ao seu propósito máximo: adorar a Deus e fazer discípulos de todas as nações.

Conclusão:

            É importante lembrar que, no contexto bíblico, ainda há outros dons que não foram considerados nessa lista. Quem concede os dons é o Espírito Santo. Ele é soberano e, em sua soberania, Ele conduz sua Igreja sempre de forma a glorificar a Deus. Portanto nossa atitude como crentes deve ser de submissão e entrega para que Ele, “para o que for útil”, possa nos usar no seu Reino.

            Que possamos, com os olhos espirituais que Deus nos tem dado, descobrir como Ele quer nos usar em Sua obra.

BIBLIOGRAFIA
BÍBLIA SAGRADA
MATURIDADE CRISTÃ. J.M.N. – JUERP- 14ed.
FRANKLIN, Wilson. A Ação do Espírito Santo nas Igrejas. JUERP
ROBINSON, Darrell W. Igreja Celeiro de Dons. Rio de Janeiro; Juerp;  CBB 2000

                                                             Pr. Waldyr Silva do Carmo.
Igreja Cristã Evangélica da Cehab “Casa de Oração”.









































Aula 03
UMA AVALIAÇÃO ACURADA DO DOM DE LÍNGUAS

“Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” (I Co 12. 4-7)

LÍNGUAS E INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS.
(Variedade de Línguas—I Co 12.10,28)
Introdução:

            O que é o dom de línguas e interpretação? O legítimo dom de línguas está narrado no livro de Atos. “O dom outorga a habilidade de falar e comunicar o evangelho em um idioma previamente desconhecido.” 3 Já a interpretação é a capacidade de compreender este idioma e trazer seu significado a lume. Os dois dons se relacionam (At 2.4,7,8; 10.44-48; 19.6).

Aspectos importantes acerca do Dom:
 - As línguas faladas eram idiomas (At 2.8);
 - As línguas são um sinal para os incrédulos (Is 28.11,12 e I Co 14.22);
 - As línguas mostraram aos judeus crentes que o evangelho os incluía e os gentios também, diante da dificuldade que eles tinham de entender o escopo do evangelho de Jesus Cristo (At 11.1-4, 18); o dom veio revelar que o evangelho era para o mundo inteiro (At. 10.44-48 ).
VERDADES ACERCA DA “LÍNGUA ESTRANHA”
            Ao contrário do que muitos pensam, a Carta de I Coríntios não foi escrita para ensinar a prática de “língua estranha”, mas sim para corrigir uma perversão do dom bíblico de línguas. Há, em nossos dias, uma aplicação errônea do texto para fundamentar ensinos que não são bíblicos.
Questões relevantes da igreja de Corinto:
1- A igreja era dividida. Paulo mostra pelo menos 4 partidos: os de Paulo, Pedro, Apolo e os de Cristo (I Co 11);
2- A igreja era imatura (I Co 3.1);
3- Havia jactância (I Co 5.6);
4- Havia fornicação. (I Co 5.1-5);
5- Havia prostiuição. (I Co 6.1-11).
            Além dessas questões, a carta de Paulo menciona outras irregularidades vividas pela igreja. É dentro desse contexto, que Paulo trata da questão das línguas.

3  ROBINSON, Darrell W. Op. Cit.  Pg 88
O PANO DE FUNDO DO CONTEXTO DA CIDADE DE CORINTO
            Corinto estava localizada num estreito de terra entre os mares Adriático e Egeu. A cidade era portuária, o que permitia à mesma ter um grande fluxo de pessoas e, naturalmente, grande movimentação. Havia também muita prosperidade, bebedeira, jogos, prostituição, lutas e etc. Muita prática religiosa pagã imperava na cidade. Ao sul da cidade, havia uma montanha com um templo dedicado a Afrodite, a deusa grega do sexo. No contexto da adoração, a sexualidade fazia parte do culto. “A adoração era liderada pelas sacerdotisas prostitutas, que incorporavam o falar em línguas (falas extáticas) como parte de seu frenesi emocional na adoração.” 4 Elas se envolviam sexualmente com os marinheiros à noite, quando desciam ao porto e nos feriados.
 AS MANIFESTAÇÕES DE LÍNGUAS NA IGREJA DE CORINTO
            Ao se dirigir à igreja de Corinto (I Co 14.1...), Paulo usa duas expressões que nos chamam a atenção: “língua” no singular e “línguas” no plural (I Co 14.2,4,5,6,13,14,18 e 19). O que estava acontecendo na igreja?
            Ao analisar a maneira como Paulo escreve, parece-nos que nesta igreja estava havendo uma manifestação de “língua” de forma incoerente em relação ao genuíno dom de Língua - idiomas - (At 2.1...), o qual, pelo que se observa, estava sendo pouco usado na igreja.
            Ao se referir á “língua”, no singular, Paulo não faz nenhuma menção ao Espírito de Deus, mas diz “... em espírito fala mistérios, e.... meu entendimento fica infrutífero... (I Co 14.2,14). O que fala em língua não fala aos homens, mas a Deus, pois ninguém o entende... (I Co 14.2). Ninguém os entendia, porque eram sons sem significados. Também não temos base bíblica para afirmar que eram língua dos anjos. Em I Co 13.1, Paulo diz ... ainda que eu falasse..., o sentido é, se houvesse possibilidade... a linguagem dos anjos não é a mesma dos humanos.
            Somos levados a crer que essa “língua”, que era muito usada na igreja de Corinto, era uma linguagem “extática”. Paulo, com muita sabedoria, traz ensinamentos à igreja que, se aplicados, se não a extinguissem, a reduziria muito.          Essa linguagem é a emissão de sílabas picadas sem, contudo, formar palavras com significado na linguagem humana.
Essa manifestação estava provocando sérios problemas dentro da igreja.
 - Falta de coordenação no culto. Estava havendo muito barulho. O culto estava sendo prejudicado.
 - Quem falava, ficava com o sentimento de superioridade em relação aos que não falavam.
 - A adoração não estava sendo com o entendimento (Mt. 22.37; I Co 14.15).



4 ROBINSON, Darrell W.Op.Cit. Pg. 90



 Como entender I Co 14.4?
            Edificar-se a si mesmo.
            No contexto, a pessoa, por falta de conhecimento da Palavra de Deus, começa a buscar o “falar” a língua “estranha”. Ela crê em sua realização espiritual se “falar”. Quando consegue, ela se sente mais espiritual e agraciada. É algo apenas do emocional. Entendemos que há a edificação pessoal e não coletiva. Temos, aqui, a ação da graça e misericórdia de Deus, na vida desse cristão.

            Neste tipo de manifestação, não há poder para evangelizar como houve no pentecostes (At. 2.1...).
            Paulo trata, severamente, a questão (I Co 14.18,19). Ele fala da língua do emocionismo.
            Voltamos a afirmar que, se a igreja de Corinto aplicou as recomendações de Paulo quanto ao uso da “língua estranha”, a manifestação foi extinta ou quase extinta da igreja (I Co. 14. 2,4,13,14,19,26,27,28 ).
O GENUÍNO DOM DE LÍNGUAS (IDIOMAS)
            Paulo o descreve em I Co 12. 10,30. Esse dom era a capacidade dada pelo Espírito de falar em outros idiomas. Dom esse, pelo que vimos, raro na igreja de Corinto. A comprovação do dom está no capítulo 14. 20,21.

            Paulo apresenta várias razões contrárias a se falar em línguas (idiomas), sem ter quem entendesse (I Co 14.23)

            Havia uma preocupação grande de Paulo para que o evangelho fosse proclamado de forma clara e compreensível aos incrédulos - Cap. 14.24,25.
            Conclusão:
            Entendemos, diante dessas verdades, que Deus é soberano e pode nos usar da maneira que lhe aprouver. Deus, para fazer cumprir seu plano de salvação, pode ainda hoje levantar servos para exercerem o genuíno “dom de línguas” e também usar os seus servos na interpretação.









Aula 04
DONS E SEUS SIGNIFICADOS FINAL

“Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” ( I Co 12. 4-7)

Introdução:

            Nessa última parte do módulo “Dons Espirituais, estaremos abordando os dons de: Apóstolo, Socorros, Governos, Ser Evangelista e Ser Pastor e Mestre. Esses são os últimos dos vinte dons que foram apresentados nos textos de Romanos, I Coríntios e Efésios. Nessa última lição, apresentaremos também um teste para ajudar na descoberta do seu dom ou dons.
APÓSTOLO (I Co 12.28; Ef. 4.11)
Definição: “O que é enviado”. Biblicamente, temos os 12 discípulos e o apóstolo Paulo (Lc 6.13; Rm 1.1). Este seria o conceito restrito dos que exerceram o dom. Contudo, numa visão mais ampla, podemos mencionar outros como Barnabé, Apolo, Silvano e Timóteo (At. 14.14; I Co 4.6,9; I Ts 1.1; 2.6). Para muitos, o ministério apostólico, ainda é exercido em nossos dias, o que, na verdade, são pessoas enviadas por Deus para realizarem uma missão especial. Eles iniciam igrejas em outras nações. “São quase sempre missionários e plantadores de igreja que possuem a habilidade de exercer liderança geral sobre um número de igrejas.” 5
SOCORROS (I Co 12.28)
É a capacidade que o Espírito Santo concede a alguns discípulos de socorrerem àqueles que estão passando por momentos difíceis, levando uma carga pesada demais. Quando dois carregam uma mesma carga, fica mais leve e, sem dúvida, a vitória é certa. Vemos também o amor sendo colocado na prática no exercício deste dom.












 5  DARRELL. W. Robinson. Op.Cit. Pg. 99
 GOVERNOS (I Co 12.28)
Esse dom é a capacidade dada por Deus para a administração. Está mais relacionado com o ministério pastoral (I Tm 3.1-7).

SER EVANGELISTA (Ef 4.11)
            Todo crente recebe de Deus a tarefa da evangelização. Contudo o Espírito Santo concede a alguns uma habilidade especial para a evangelização. São os evangelistas que Deus levanta e levam muitos a aceitarem Cristo como Salvador pessoal.
SER PASTOR E MESTRE (Ef 4.11)
            Deus tem vocacionado muitos para exercerem esse ministério. Todo pastor deve ser mestre. Precisa estar também apto para ensinar. O pastor, em amor, conduz a igreja ao seu propósito máximo: adorar a Deus e fazer discípulos de todas as nações.
Conclusão:
            É importante lembrar que, no contexto bíblico, ainda há outros dons que não foram considerados nessa lista. Quem concede os dons é o Espírito Santo. Ele é soberano e, em sua soberania, Ele conduz sua Igreja sempre de forma a glorificar a Deus. Portanto nossa atitude como crentes deve ser de submissão e entrega para que Ele, “para o que for útil”, possa nos usar no seu Reino.
            Que possamos, com os olhos espirituais que Deus nos tem dado, descobrir como Ele quer nos usar em Sua obra.

BIBLIOGRAFIA
BÍBLIA SAGRADA
MATURIDADE CRISTÃ. J.M.N. – JUERP- 14ed.
FRANKLIN, Wilson. A Ação do Espírito Santo nas Igrejas. JUERP
ROBINSON, Darrell W. Igreja Celeiro de Dons. Rio de Janeiro; Juerp;  CBB 2000

                                                             Pr. Waldyr Silva do Carmo.
Igreja Cristã Evangélica da Cehab “Casa de Oração”.


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