Introdução: Está escrito em 2 Coríntios 4.18: "Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que...
Introdução:
Está escrito em 2 Coríntios 4.18: "Assim, fixamos os olhos, não
naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o
que não se vê é eterno". Verdade incontestável essa! Há muitas "vitrines atrativas no
mundo" que roubam a nossa atenção, mas se entendermos que precisamos fixar
os nossos olhos em Deus, na pessoa de Cristo, experimentaremos algo que não se
restringe à vida terrena, que é passageira, mas que se perpetuará pela eternidade.
E, por conseguinte, quando nossos olhos estão fixos NELE, tudo em nós produz
vida, a começar por nossas palavras.
Leiamos Tiago 3.1-12
O que
nossas palavras têm produzido?
I - Nossas palavras amaldiçoam quando:
1)
Nossa língua controla nossa mente;
Há, aqui, uma inversão de posições. O
correto seria a mente cristã, agora dominada por Cristo, fazer uma triagem do
que se vai expressar, através da língua, antes que qualquer palavra pronunciada
seja proferida. Entretanto algumas pessoas são tão impetuosas, que tudo o que vem
à boca sai desenfreadamente, como uma enxurrada que destrói o que encontrar em
seu percurso. Em Tiago 1.19 está escrito: "Todo homem seja pronto para ouvir, tardio
para falar e tardio para se irar.” Porém, como
"a língua é um pequeno órgão, mas se vangloria de grandes coisas" (Tg
5a), essa inversão
da ordem natural tem sido evidenciada, na vida de muitos cristãos, e tem feito grandes
estragos. É preciso vigiar.
2) Nossa fonte é
contaminada por águas amargas;
"Porventura deita alguma fonte de
um mesmo manancial água doce e água amargosa? (Tg 3.11). Somos novas criaturas em Cristo, e nossas palavras devem saciar a sede
dos que estão ao nosso redor e não amargar a vida de tais pessoas. O manancial
que flui em nós, agora, é Jesus, e de nossas bocas deve jorrar água viva e não
a imprópria para consumo. O que tem nos contaminado? Obscenidades,
maledicência? Nosso cérebro registra tudo o que ouvimos, assistimos e lemos, e
quanto mais damos lugar a coisas vãs, mais risco corremos de nos desviar dos
princípios divinos. As más companhias, igualmente, contaminam. Precisamos
influenciar e não ser influenciados.
3)
As circunstâncias contrárias
regem as nossas palavras;
É certo permitirmos que as coisas
desagradáveis que atravessam o nosso caminho
nos levem a amaldiçoar as pessoas? Quando passamos por um desconforto no
trânsito, por um incidente no trabalho ou um contratempo com um vizinho, como
nos comportamos? Nossas palavras são de conciliação, de pacificação ou de
discórdia e conflito? As orientações que recebemos, na Palavra de Deus, são bem
claras: “Bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos
caluniam” (Lc 6.28). “Abençoai os que vos perseguem, abençoai e não
amaldiçoeis” (Rm 12.14). A fim
de que nós, cristãos, estamos nesse mundo? Não podemos permitir que
contrariedades maculem nosso linguajar e nos levem a amaldiçoar o nosso
próximo. Precisamos ter temperança!
II - Nossas palavras geram vida
quando:
1) Cremos nas promessas do Senhor;
Por mais que as coisas pareçam não estar indo bem
na nossa vida, há algo maior que nos deve guiar: as promessas do Senhor. Está
escrito: "O céu e a terra passarão, mas as minhas
palavras não hão de passar (Mt 24.35). "Deus
não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa;
porventura diria Ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria? Eis que
recebi mandado de abençoar; pois Ele tem abençoado, e eu não o posso revogar
(Nm 23.19-20)." Há uma
infinidade de promessas de Deus para nós na Bíblia, muitas que já se cumpriram,
e outras que ainda se cumprirão. Ele prometeu que o Redentor viria (Lc
1.31-33); prometeu o Espírito Santo (Jo 14.26); a vida eterna (Jo 6.47).
Digamos que essas são as promessas essenciais, que depois são contornadas por
tantas promessas singulares. Precisamos crer, transmiti-las aos outros e
abençoar os que nos cercam com elas.
2) Sabemos quem somos em Cristo;
Precisamos saber que somos "um
jardim regado, cujas águas nunca faltarão" (Is 58.11); que
somos o sal da Terra e a luz do mundo (Mt 5.13-16). Nossas palavras devem
refrescar, temperar e iluminar a vida das pessoas. Não podemos nos esquecer de
que somos ovelhas do sumo pastor Jesus e de que é Ele quem precisa dominar
nossas vidas e palavras (Sl 21). Devemos nos lembrar de que somos novas
criaturas, e as coisas velhas ficaram para trás (2 Co 5.17). Necessitamos nos
revestir do novo homem que agora somos em Cristo e andar segundo as orientações
que se encontram em Efésios 4.24-31. Assim, geraremos vida.
3) Nossa mente é dominada por Cristo;
Depois que dizemos SIM pra Jesus, passamos a ter a
mente de Cristo (1 Co 2.16) e Ele deve reger as nossas atitudes e escolhas.
Precisamos pensar nas coisas que são de cima (Cl 3.2) e mortificar aquilo que
desagradaria o nosso Deus (Cl 3.5). A vida é cheia de encruzilhadas e, às
vezes, não sabemos para onde seguir, mas se buscarmos ser guiados pelo Senhor,
se agirmos como alguém que realmente tem a mente de Cristo, sempre optaremos
pelo melhor caminho e, por onde passarmos, seremos abençoados e abençoadores. O
que dissermos ecoará com som aprazível.
4) Nossa prática se torna o que
pregamos;
Nossas atitudes não podem ser incompatíveis com
nosso discurso. Precisamos viver o que pregamos. Aquele ditado que diz "faça
o que eu falo, mas não faça o que eu faço" não
cabe na vida do verdadeiro cristão. Um exemplo vale mais que mil palavras.
Nosso testemunho está acima de qualquer coisa que dissermos. É assim que
devemos nos conduzir aqui no mundo. Nossas palavras só gerarão vida, se as
colocarmos em prática. "A vossa palavra seja sempre agradável,
temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um. (Cl 4.6)
Conclusão:
Que nossos olhos estejam sempre fixos em Cristo, a
fim de que nossas palavras possam, continuamente, gerar vida e não morte aos
que nos cercam.
Mensagem: Pr. Waldyr do Carmo
Argumentação em texto: Rônia Malafaia
Igreja Casa de Oração Cehab
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