“Como você me obedeceu e não me negou o seu único filho, abençoarei você com muitas bênçãos...” (Gn 22.16-17 - Bíblia Viva) C...
Como é difícil obedecer quando o nosso querer é totalmente
contrário ao comando que recebemos! Trava-se uma luta entre a vontade própria e
a submissão à ordem dada. Forma-se um “cabo-de-guerra” espiritual e vencerá o
lado mais forte: o "meu eu" ou "a minha fé".
Ao ler essa história de Abraão, diante da
prova sacrificial de sua fé, “encolho-me dentro de mim", sentindo-me
pequena demais. Eu e você seríamos capazes de obedecer ao Senhor frente a tal
pedido: matar o único filho, fruto da promessa feita pelo próprio Deus? Talvez
questionássemos: “Deus se contradiz? Faz uma promessa e depois a quebra? Após
abençoar, amaldiçoa? Dá com uma mão e tira com a outra? Senhor! Não estou
entendendo nada! Por que isso está acontecendo?” Talvez o pânico tomasse conta
de nós.
A obediência de Abraão foi ilimitada. Sua
fé em Deus era tão grande que ele não questionou, apesar da profunda tristeza
que sentiu diante daquele pedido surpreendente.
Não sei o que passou pela cabeça de
Abraão. Talvez ele pensasse que Deus ressuscitaria seu filho, que algo
sobrenatural pudesse acontecer, impedindo sua morte... O fato é que ele
obedeceu, mesmo diante de sua dor, embora a sua vontade fosse oposta à de Deus.
Sua obediência foi ilimitada. E quanto à nossa? Há um limite para ela ou não?
Rônia Malafaia
Membro da casa de Oração da Cehab - Itaperuna/RJ
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