O Gênio da lâmpada

Leitura bíblica: Tiago 4 Versículo-chave: Tg 4.3- “ Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.” ...

Leitura bíblica: Tiago 4

Versículo-chave: Tg 4.3- “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.”

     Certamente você conhece a história de Aladim e a lâmpada maravilhosa.  O rapaz encontra tal objeto, o esfrega e eis que surge um gênio que concede a ele três desejos.  O gênio era servo de quem encontrasse a lâmpada. Lembra-se desse detalhe?

     Pois é... Acho que transferimos esse tipo de “fantasia” para o nosso relacionamento com Deus.  No caminho da vida, nos encontramos com Cristo e percebemos o quanto Deus pode fazer por nós através Dele. Assim como Aladim esfregava a lâmpada para acionar o gênio e obter seus favores, nós também fazemos com o Senhor. “Não. Não faço isso de jeito nenhum...” Talvez nossa reação, diante da afirmação que acabei de fazer, seja esta: negar. Mas é exatamente assim que vários cristãos, agem, infelizmente.

     Muitas vezes fazemos “orações-relâmpago” e, em sua maioria, pedimos em benefício próprio. Não há erro em querer uma vida tranquila. Deus nos concede boas dádivas para as apreciarmos. Entretanto é preciso ter cuidado, pois existem sentimentos no interior do coração humano (e somos muito humanos) que batalham dentro de nós, desejando sempre mais, e mais, e mais... Mais conforto, mais bens, mais projeção, mais reconhecimento, mais aplausos, e por aí vai...

     Isso é perigoso, visto que os conflitos e disputas entre as pessoas partem daí. Cada um se considera o centro do universo e quer que Deus lhe dê mais e mais, independente do que aconteça com quem esteja ao redor. Essa não é a postura que o Senhor espera de Seus filhos.

     Diversas vezes pedimos e não recebemos, porque pedimos mal. Pedimos coisas erradas, pelos motivos errados. Pedimos egoisticamente. Não podemos inverter os papéis. Deus não é o gênio da lâmpada que se torna servo de quem o encontre. Muito pelo contrário, aquele que encontra a Cristo, torna-se servo do Senhor, em amor. A nova natureza não pode ser egocêntrica, mas “Cristocêntrica”. Deus não é um realizador de nossos desejos, a quem acionamos rapidamente, recebemos o que desejamos e depois deixamos a “lâmpada mágica” de lado, num cantinho, até que queiramos algo novamente. 

     Vamos parar um pouquinho e rever nossa postura de oração? Vamos refletir a respeito do que Cristo significa para nós? Antes de pedir, pensemos em qual é a nossa intenção com o pedido que faremos.

     Que Deus seja sempre o centro do nosso querer!

Rônia Malafaia

Membro da Casa de Oração da Cehab - Itaperuna/RJ

Integrante do Ministério Missão & Voz