Lucas 10. 25-37 Introdução: Viver a genuína caridade implica abrir mão de muitos valores que permeiam e norteiam nossas vidas. Falamos que...
Lucas 10. 25-37
Introdução:
Viver a genuína caridade implica abrir mão de muitos valores que permeiam e norteiam nossas vidas. Falamos que amamos, mas não praticamos o amor. Dentro desta perspectiva e realidade, somos encontrados na maioria das vezes conflitados, pois, ser um autêntico servo de Deus na terra, implica necessariamente ter minhas atitudes passadas pelo crivo do amor.
Jesus amou... E amou de tal maneira a ponto de morrer em nosso lugar para nos livrar da morte eterna. Diante dessa realidade nossos olhos precisam estar fixos no contexto da igreja. Nós somos a igreja! A pergunta que fica é: Temos de fato praticado o amor?
A mensagem de hoje objetiva avaliar as atitudes que não podem faltar na vida daqueles que se apresentam para a prática do amor. À luz do texto que lemos, veremos que precisamos vivenciá-las para a efetivação do amor de forma prática em nossas vidas.
Eu Pratico o amor...
I – Quando quebro a barreira da religiosidade. (vv 31,32)
O texto nos apresenta dois religiosos que viram o estado precário do homem que estava caído à beira do caminho, mas passaram de largo, sem tomar conhecimento da real necessidade daquele homem. Foram eles: um sacerdote e um levita. Não tenho receio de dizer que a religiosidade foi o fator principal que os impediu de se aproximarem do homem caído. A religiosidade nos cega, nos atrofia; ela nos impede ver as necessidades do próximo e se torna uma barreira para a prática do amor.
O bom samaritano não estava preso à religiosidade e isso foi determinante para a concretização do milagre. Se há no seu coração o desejo de viver a prática do amor, é preciso quebrar em nome de Jesus a barreira da religiosidade. Deus não está precisado de religiosos, mas sim, de vidas quebrantadas e que estejam dispostas a dizerem como um dia falou Isaías: “Eis-me aqui Senhor, envia-me a mim”.
II – Quando quebro a barreira do preconceito. (v 33)
A segunda atitude que precisa ser tomada por aqueles que querem de fato praticar o amor, é a quebra da barreira dos preconceitos. A definição simples de preconceito segundo Wikipédia é: “um "juízo" preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude "discriminatória" perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente.”
A religiosidade somada ao estilo de vida do sacerdote e o levita, foram determinantes para que fossem preconceituosos. Um homem caído à beira do caminho? Que tipo de pensamentos permeou as mentes desses homens e os mantiveram distantes, da grande necessidade que estava sendo vivida, por aquele que após ter sido roubado e espancado, estava caído à beira do caminho. Se quisermos de fato ser a diferença através da prática do amor ao próximo, precisamos romper com os preconceitos que estão latentes em nossos corações e olhar as pessoas com os olhos de Cristo. Somente assim, nossa obra será recebida por Deus como cheiro suave e agradável.
III – Quando efetivamente supro as necessidades do meu próximo. (v 33,34)
“Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão...” (Lc 10.33); - Aqui de forma efetiva, vemos alguém suprindo de fato as necessidades daquele que estava precisado de ajuda. Vemos também no texto, que o samaritano tratou dos ferimentos daquele homem, e pondo-o em sua cavalgadura levou-o para uma estalagem e cuidou dele.
Não basta dizer que amamos se não praticamos o amor. Nossas palavras serão reais quando aqueles que nos rodeiam, começarem a ver de fato atitudes e ações que evidenciem que amamos.
Se você observar, verá que essa foi a base do ministério do Senhor Jesus. A preocupação principal de Cristo sempre foi a de suprir as necessidades do próximo. Amar de forma prática é refletir Cristo às pessoas.
IV – Quando vou além da normalidade. (v 35)
“E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar” (Lc 10.35).
O bom samaritano conseguiu ir além do que é normal. O que faríamos se víssemos numa estrada alguém caído como esse homem foi encontrado? Teríamos a coragem de agir e fazer por essa pessoa o mesmo que o samaritano fez? Responder para nós mesmos a essa pergunta é ter a certeza de que aquele samaritano foi além da normalidade.
Amar o próximo não é dar a ele as sobras do que temos; não é fazer o que todo mundo faz. Amar de fato ao próximo é ir além da normalidade! É fazer algo a mais!
Agindo dessa forma estaremos tocando o coração de Deus. Agir assim é semear e quem semeia colhe. Não tenho dúvidas de que a Palavra de Deus se cumprirá de forma sobrenatural em nossas vidas e seremos encontrados vivenciando o que está registrado em Lucas 6.38 – “Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando, vos deitarão no vosso regaço; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo.” Deus irá investir em nossas vidas.
Conclusão:
Dia a dia você tem visto as necessidades das pessoas que estão ao seu redor? Você tem feito alguma coisa para ajudá-las? Se olharmos atentamente a história do bom Samaritano, veremos que esse homem é o retrato do próprio Senhor Jesus.
Um dia lá da glória Cristo viu uma humanidade ferida, quebrada e machucada pelo pecado. Um ladrão (satanás) havia roubado o de melhor que o homem possuía que era a comunhão plena com Deus.
Ao ver o homem perdido e condenado a passar a eternidade longe de Deus, Cristo veio para socorrê-lo. A Bíblia afirma: “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” Louvado seja o nome do Senhor, pois através de Cristo fomos reconciliados com Deus. O que Ele espera de nós é que uma vez tendo sido salvos, estejamos compartilhando o melhor que temos com aqueles que precisam. É querer ativo de Deus ver os seus filhos envolvidos na prática do amor. É dessa forma que o mundo verá Cristo sendo refletido através de nossas vidas.
Pr. Waldyr do Carmo
Igreja Casa de Oração Cehab – Itaperuna. RJ
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