É quase inacreditável, que já se passou um ano, mas hoje estou aqui para narrar essa história. Vejo que o caminho que me conduziu ao va...
É quase inacreditável, que já se passou um ano, mas hoje estou aqui para
narrar essa história. Vejo que o caminho que me conduziu ao vale também me
levou aos pastos verdejantes, graças ao poder sobrenatural de Deus, que se fez
farol e iluminou o meu caminho. Esse mesmo poder se manifesta a muitas pessoas
que se encontram paralisadas em uma vida sem fé nem esperança, apática e
espiritualmente falida.
A Bíblia relata a história de um homem chamado Lázaro, amigo pessoal de
Jesus. Certo dia ele fica doente, mas, mesmo sabendo dessa situação, o Mestre
não se apressa para ir ao encontro do enfermo. Pelo contrário, demostrando que
tudo tem um propósito e um tempo certo para ocorrer, o Deus encarnado afirma:
“Essa doença não acabará em morte; é para que o Filho de Deus seja glorificado
por meio dela” (João 11.4). Quando Jesus chega à cidade em que o amigo morava,
recebe a má notícia: havia quatro dias que Lázaro morrera. Seu cadáver já
cheirava mal. Ainda assim, o Senhor mostra que é o dono da vida e que a mesma palavra
que criou o universo pode restituir o espírito a um corpo devastado. Resultado:
o Filho do homem chega diante do sepulcro do amigo e, com uma única frase,
devolve a vida ao morto. Ali ocorre o milagre da ressureição, uma prova para
toda a humanidade de quem Jesus é e do que ele pode fazer.
Guardadas as devidas proporções, a minha história tem muitos paralelos
com a de Lázaro. Assim como o irmão de Maria e Marta, eu vivi o drama de um
súbito problema de saúde, um câncer de Esôfago que arrancou dos planos do
ministério, de familiares e amigos e me lançou no caminho da morte. Em poucos
tempos, o missionário de corpo forte e saudável entrou num tratamento violento
de quimioterapia, seu corpo foi ficando cada vez enfraquecido e debilitado, sem
nenhuma perspectiva de vida com cada notícia que chegava dos médicos, eu estou
vivo hoje por alguns mistérios que a medicina dos homens não sabe explicar. Mas
a fé sabe.
As escrituras contam que Jesus chorou ao tomar conhecimento da situação
que a morte de Lázaro envolvia (v.35). Do mesmo modo, é um desafio saber sobre
a minha história sem deixar as lágrimas descerem pelo rosto. A princípio,
lágrimas de tristeza e compaixão. Por fim, lágrimas de alegria e gratidão. É um
relato que é meu desejo que mexa com as suas emoções e que, seguramente, te
aproximara do Deus que deu sua vida por nós na Cruz do Calvário.
Quem me vê hoje, um homem cheio de saúde, não consegue se negar a
repetir a afirmação de Jesus: “Essa doença não acabará em morte; é para a
glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por meio dela”. Pois
foi exatamente isso que aconteceu. Eu sou a prova viva de que Deus opera
maravilhas em nossos dias e, com isso, o nome dele segue sendo
glorificado.
Antes de viver essas dolorosas experiências, eu era um cristão,
missionário no campo entre os ribeirinhos que vivem nas áreas inóspitas dos
rios da Amazônia. Depois de estar cara a cara com a morte e voltar da linha de
frente da batalha pela vida, quero passar a inspirar as pessoas a se transformar
em uma prova viva de que Deus jamais deixou de ser Deus – ele ainda hoje faz
maravilhas e para sempre será glorificado por meio delas.
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